Clima Econômico da América Latina cai em julho


O Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina – elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) – que vinha apresentando tendência ascendente desde outubro de 2011, registrou queda em julho de 2012, ao passar de 5,2, em abril, para 4,8 pontos. Segundo a FGV, a piora decorre de um recuo tanto no Índice da Situação Atual (ISA) como no Índice de Expectativas (IE), os quais passaram à zona desfavorável de avaliação, indicando que a região pode estar entrando na fase recessiva do ciclo econômico.

Nos países latino-americanos pesquisados, o ISA só melhorou no caso do Paraguai. Na Bolívia houve estabilidade e nos demais países, queda. Nota-se que a diminuição do ISA está associada a uma piora na avaliação tanto do consumo privado quanto do investimento em todos os países, exceto Chile e Paraguai. Apesar da piora, seis países ainda apresentam avaliações favoráveis em relação à situação atual: Chile, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. No Brasil, a queda no ISA foi de 1,1 ponto (de 5,6 para 4,6 pontos).



O comportamento do clima econômico na região reflete a piora em âmbito mundial: após dois trimestres consecutivos de alta, o ICE Mundial recuou de 5,3 para 4,7 pontos, nível inferior ao da América Latina. A recuperação que parecia estar a caminho em abril sofreu, portanto, um retrocesso. A queda do ICE abrangeu as principais economias do mundo, à exceção da China, país em que as expectativas tornaram-se mais otimistas, apesar do ISA continuar em queda. No grupo dos BRICS, o Brasil apresenta o maior ICE, sendo o único do grupo com avaliação favorável em relação ao clima econômico.

Entre as principais economias da Europa, chama a atenção a piora nas condições da Alemanha, país que em abril ainda se encontrava na fase de boom do ciclo econômico. Em julho, este país passou à fase de declínio, em decorrência da deterioração das expectativas. O resultado confirma os prognósticos de recessão na União Europeia, dada a importância dessa economia para a recuperação da região.



Balança comercial da zona do euro



Por outro lado, o Instituto de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou, nesta sexta-feira (17), que a balança comercial da zona do euro teve um superávit de € 14,9 bilhões em junho. No mesmo mês em 2011, esse resultado foi de apenas € 200 milhões.



De janeiro a junho deste ano, as exportações do conjunto dos 17 países que utilizam o euro como moeda alcançaram € 921,5 bilhões, contra € 851,2 bilhões no mesmo período do ano passado, um crescimento de 8%. As importações aumentaram apenas 2%, de € 874,2 bilhões para € 895,3 bilhões. Assim, a balança comercial da região fechou com um superávit de € 26,2 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, contra um déficit de € 23 bilhões no primeiro semestre do ano passado.

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