Em relatório divulgado nesta terça-feira (5), a Comissão Europeia elevou sua projeção para o crescimento real do PIB da Alemanha neste ano, para 0,5% (na previsão anterior, feita há cerca de seis meses, era de 0,4%). A estimativa para o ano que vem, no entanto, caiu um ponto percentual, para 1,7% (antes era de 1,8%).
“Após um declínio de 0,5% no último trimestre de 2012, o PIB real estabilizou-se nos primeiros três meses de 2013 e cresceu marcadamente de abril a junho (0,7%). O inverno extraordinariamente severo teve influência na atividade econômica no primeiro trimestre, enquanto que os efeitos benéficos da recuperação do clima ruim estimularam o aumento do PIB no segundo trimestre. A demanda doméstica deu a maior contribuição para o crescimento nos seis primeiros meses de 2013, ao passo que a contribuição da formação bruta de capital fixo [investimentos das empresas em máquinas e equipamentos e em construção] foi negativa”, afirma o relatório.
Indicadores, de acordo com o texto, apontam para uma expansão continuada em um ritmo moderado nos próximos trimestres: a produção industrial deve subir apenas levemente nos próximos meses, enquanto que as encomendas para a indústria devem crescer mais fortemente, e levantamentos recentes refletem expectativas positivas dos consumidores e das empresas.
O relatório explica que “a revisão para baixo da previsão para o PIB alemão de 2014 reflete uma projeção um pouco menor do crescimento das exportações nos próximos trimestres, na esteira de uma desaceleração da atividade econômica nos países de fora da União Europeia e de um comportamento da taxa de câmbio ligeiramente menos favorável do que o estimado anteriormente”.
Por outro lado, a expectativa positiva em relação à demanda doméstica segue inalterada. Com o consumo privado apoiado por taxas de juro baixas, salários em alta e um crescimento robusto do emprego, juntamente com a esperada elevação nos investimentos, a Comissão Europeia projeta que a demanda doméstica continue sendo o principal motor do crescimento alemão no horizonte próximo.
Para 2015, o órgão estima que a atividade econômica no país tenha apenas uma ligeira aceleração, o que, somado a um maior número de dias úteis, deverá resultar em um crescimento do PIB de 1,9%.