A Comissão Europeia apresentou, na sexta-feira passada (14), o Comunicado “Política Industrial: Reforçando a Competitividade”, que aborda o desempenho da competitividade industrial dos Estados-Membros da União Europeia e estipula novos focos para as indústrias.
A instituição ressalta que a recuperação econômica tem sido lenta e frágil, sem sinais de grandes avanços, e que isso representa riscos de deterioração nos mercados financeiros e de energia, no aumento do preço das matérias-primas e danos para a consolidação orçamental dos países.
Atualmente também existem diferenças consideráveis entre a produção industrial dos Estados-Membros, que impedem que a economia europeia continue crescendo. A produtividade média do trabalho em manufaturas equivale a 125% do valor acrescentado bruto por pessoa empregada na Irlanda, enquanto que na Bulgária o valor é de 20%. Na Alemanha, por exemplo, o percentual de empresas inovadoras é de 80%, contra apenas 25% na Letônia.
Diante deste cenário, a UE acredita que é essencial encorajar os países do bloco a implantarem políticas de convergência nos níveis competitivos, coerentes com a situação do Euro e a participação no mercado interno, ainda mais sabendo que 75% das exportações da UE vêm de empresas de manufatura.
Ainda, a Comissão listou as principais áreas de ação que devem ser levadas em conta pelas indústrias e membros da UE: facilitar as mudanças estruturais na economia; promover a inovação das indústrias, a sustentabilidade e eficiência dos recursos; melhorar o ambiente empresarial, beneficiando o Mercado Único; e incentivar o apoio às pequenas e médias empresas.