Cresce expectativa sobre saída da Grécia do euro


 


Em meio às novas inspeções da troica (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) na Grécia, crescem as pressões sobre o país e a expectativa de sua retirada da zona do euro.


Para o ministro da economia e vice-chanceler da Alemanha, Philipp Rösler, há poucas chances de que o governo grego consiga preencher as condições necessárias para receber nova ajuda financeira internacional. "Vamos esperar pelo relatório da troica, no outono, mas posso dizer que estou mais do que cético", afirmou Rösler neste domingo (22) em entrevista para a emissora de televisão alemã ARD. "Se a Grécia não preencher os requisitos, não haverá novos empréstimos", advertiu.


Sem novos aportes, o país não teria condições de atender aos compromissos que estão vencendo, tendo, assim, que deixar a zona do euro. Ainda, na opinião do ministro alemão, tal possibilidade "há muito tempo perdeu o seu terror", mas é pouco provável que outros países optem pelo caminho de deixar o bloco.


O ceticismo de Rösler em relação à Grécia parece ser compartilhado por outros governos da zona do euro e instituições internacionais. Também o Banco Central alemão (Bundesbank) afirmou em relatório divulgado hoje (23) não excluir a possibilidade de uma redução do bloco da moeda única.


Garantia de apoio do FMI


Também nesta segunda-feira (23), o Fundo Monetário Internacional (FMI) refutou, por sua vez, uma reportagem veiculada no último fim de semana na revista alemã "Der Spiegel", reforçando seu apoio à Grécia para que o país supere suas dificuldades econômicas.


Segundo o veículo, o FMI teria sinalizado que não está disposto a conceder recursos adicionais para ajudar o país. Ao mesmo tempo, a troica teria estimado que seriam necessários até € 50 bilhões adicionais, caso os gregos tivessem o prazo para o cumprimento de suas metas ampliado.


O governo grego assumiu recentemente enfrentar dificuldades para cumprir as metas de austeridade acordadas em troca de empréstimos internacionais. No próximo dia 20 de agosto, Atenas tem que pagar aos seus credores vencimentos de bônus no valor de € 3,1 bilhões. 

SXC
SXC