Em estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado entre 3 e 18 de outubro, 54% dos empresários do ramo industrial declararam que a crise econômica mundial é um risco real para os negócios no Brasil. Desses, 69% creem que o cenário deve permanecer incerto até, no máximo, o fim de 2012, enquanto 19% espera que a crise persista para além do próximo ano.
A Sondagem Especial “Cenário Econômico Mundial”, foi divulgada na quinta-feira passada (10), contando com entrevistas de representantes de 2.090 empresas a respeito da situação econômica em períodos de crise na Europa e Estados Unidos.
Em relação às perspectivas para os próximos seis meses, 31% dos empresários acreditam que o quadro econômico internacional irá piorar, enquanto 36% apostam na manutenção do cenário atual e apenas 22% confiam que a situação apresentará melhoras.
No caso de agravamento da crise, os principais efeitos apontados pelos industriais seriam sobre o acesso ao crédito, que registrou 28,5 pontos, e as exportações, com 26,1 pontos.
Dos três segmentos analisados pela CNI, indústria de transformação, extração mineral e construção, o primeiro é o mais afetado pela crise, por estar mais integrado à economia mundial. Assim, 57% dos empresários da indústria de transformação estão preocupados com a atuação internacional, contra 55% do setor extrativo e 41% da indústria de construção, mais voltada ao mercado interno.
Mercado asiático
Após visita à região asiática, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, declarou em comunicado que a Ásia desempenha papel fundamental na recuperação econômica global. Em sua opinião, países como o Japão e China reagem de forma intensa e precisa aos efeitos da crise e podem impulsionar a recuperação econômica de outras regiões.