O limite total de empréstimos do fundo europeu de resgate passou para € 700 bilhões, anunciou o Eurogrupo, comissão formada pelos ministros das finanças e economia dos países da zona do euro. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (30), durante uma reunião informal do grupo em Copenhague, Dinamarca.
Segundo o documento divulgado, serão disponibilizados € 700 bilhões para os países europeus em crise. Desse montante, € 500 bilhões sairão do fundo de resgate permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), e os restantes € 200 bilhões tem origem no Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, também na sigla em inglês) e estão comprometidos com os programas de resgate já definidos para Grécia, Irlanda e Portugal. Além desse montante, outros € 100 bilhões já foram disponibilizados para alguns países, entre eles, a própria Grécia.
Ainda, conforme o documento sobre a reunião, no total, a zona do euro está mobilizando uma 'parede de proteção' de aproximadamente € 800 bilhões, o que equivale a mais de US$ 1 trilhão. O fundo de resgate permanente (ESM) entrará em vigor a partir de 1º de julho.
No início desta semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, já havia declarado estar disposta a aceitar a operação simultânea de ambos os fundos – o ESM e o EFSF, concordando, portanto, com um aumento do limite de empréstimos.
Desacordo franco-alemão
O ministro da Economia francês, François Baroin, defendeu o aumento do fundo de resgate europeu para € 1 trilhão. No entanto, a proposta francesa foi rejeitada pelo ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, que concluiu ser suficiente um aumento para até € 800 bilhões.
Indagado sobre essa questão, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que seria uma loucura colocar sobre a mesa a opção de € 1 trilhão. "Não seria possível, porque não há as condições políticas para se chegar a essa quantia", explicou.