O número de desempregados no ano passado atingiu 210 milhões de pessoas no mundo, revela um estudo apresentado nesta segunda-feira (26) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A marca alcançada em meados de 2010 supera em 30 milhões o índice de 2007, anterior à crise financeira global.
Entre os países do G20 (grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes), a taxa de desemprego ficou em 7,8% na média. No entanto, a variação foi de 5% para 25% em alguns lugares. O número de desempregados aumentou em 10 integrantes do grupo, incluindo a Alemanha, e declinou em oito deles.
As economias emergentes, por outro lado, foram as que mais experimentaram melhorias no nível de ocupação, com exceção da África do Sul. Em países como o Brasil e a Indonésia os empregos têm crescido fortemente.
Os mais afetados pela crise econômica tem sido os jovens, aponta o relatório. O desemprego juvenil é, em média, o dobro da taxa de desemprego total, e corresponde a cerca de 16% a 20% nos países do G20. A participação feminina no mercado de trabalho, entretanto, aumentou de 2007 a 2010.
Conforme o estudo apresentado durante reunião dos ministros de Trabalho e Emprego do G20, em Paris, o mundo precisará gerar 440 milhões de vagas nos próximos 10 anos para absorver os novos profissionais que chegarão ao mercado. Entre esses novos trabalhadores, quase metade estará concentrada nos países do G20, de acordo com a OIT.