Documento do governo alemão aponta ameaças locais

O Ministério do Interior alemão divulgou um relatório no qual considera o crescimento do terrorismo islâmico, de extremistas de esquerda e de ataques a sistemas virtuais como temas centrais das autoridades de segurança do país.


O “Relatório de Proteção à Constituição da Alemanha”, divulgado na última sexta-feira (1), aponta 29 organizações islâmicas com mais de 37 mil membros e simpatizantes em atividade no país, conforme números de 2010. O Ministro do Interior alemão, Hans-Peter Friedrich, alertou para o crescimento de grupos radicais salafistas, movimento islâmico responsável pelo ato terrorista que matou dois soldados norte-americanos e feriu outros dois no aeroporto de Frankfurt, em março desse ano.


 Extremistas políticos


O documento aponta uma queda nos crimes com motivações políticas, de 33.917 em 2009 para 27.180 em 2010. Os delitos praticados por grupos extremistas de direita caíram 15,2%. No entanto, o relatório revela também que houve uma tendência de crescimento do uso da violência. “De forma geral, é possível enxergar um aumento da violência potencial bem como da disposição de recorrer à violência para atingir determinados objetivos políticos”, concluiu o relatório.


No que se refere à violência da extrema esquerda, embora os casos tenham diminuído (de 4.734 para 3.747), houve um aumento no uso da violência por esses grupos. Foram registradas 6.800 ações violentas de extremistas de esquerda no ano passado, contra 6.600 em 2009.


Ataques cibernéticos


O ministério alemão considera também uma grande ameaça à segurança constitucional do país atividades de espionagem e ataques virtuais a sistemas de computadores de empresas e agências governamentais.


A preocupação do governo a respeito desse tema resultou na criação de um Centro Nacional de Defesa Cibernética, em abril desse ano. Além de focar em serviços de inteligência e evitar ataques cibernéticos, as autoridades de segurança prometem auxiliar, também, pequenas e médias empresas a se protegerem da espionagem.

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