Economia brasileira crescerá até 3,5% em 2013

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer entre 3% e 3,5% neste ano, de acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os economistas da entidade acreditam que a recuperação em relação ao “fraco desempenho” de 2012 (que deve fechar com PIB de 1%) será puxada, mais uma vez, pelo setor primário, com expansão prevista de 4,5% sobre o ano passado. A estimativa está baseada nos sinais emitidos pelo governo chinês de que o país deve acelerar mais que os 7,8% estimados em 2012, o que implica em um maior nível de importação de commodities por parte do gigante asiático.

A CNC entende, porém, que a maior contribuição para o aumento do PIB será dada pelo setor de serviços, responsável por 68% do indicador, que deve crescer em torno de 3,6%. Expansão secundada pela recuperação anual esperada para a indústria, de aproximadamente 3,4%, e pela evolução de 7,5% nas vendas do comércio, que representa 11% do PIB.

O estudo da CNC destaca, no entanto, que o crescimento do PIB brasileiro em 2013 será limitado pela baixa taxa de investimento resultante da falta de poupança doméstica. Isso porque, apesar dos estímulos fiscais e monetários dados em 2012, o Brasil ainda tem “uma indústria de transformação pouco competitiva e uma mão de obra cara, resultante do baixo nível de qualificação e de baixa produtividade”, afirma o documento.

Pela ótica da demanda, o maior impulso ao crescimento da economia em 2013 caberá à elevação calculada em 4,5% para o consumo doméstico, que responde por 62% do agregado global. A expectativa é positiva também quanto a uma possível trajetória de alta nos preços das commodities.

Caso a perspectiva se confirme, os economistas da CNC dizem que as exportações contribuirão positivamente para a expansão do PIB, principalmente por ampliar a capacidade brasileira de captação de poupança externa, o que permitirá maior volume de investimentos.

Embora a crise global da dívida reduza a probabilidade do cenário almejado, os economistas acreditam que a China deve aumentar a importação de bens primários, o que favorece o crescimento da nossa economia.

O estudo da CNC estima ainda que a persistência inflacionária tende a sustentar os preços em patamares acima do centro da meta de 4,5%, determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e a partir do cenário traçado para o ano de 2013, a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) promete ficar entre 5,0% e 5,5%.

Com informações da Agência Brasil

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