O Brasil deverá crescer menos que os países vizinhos nesse ano e no próximo. De acordo com um relatório divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o País registrará, juntamente com a Guiana, a menor expansão econômica da América do Sul em 2011 — 4%. Para o ano seguinte, a comissão estima que a taxa se mantenha no mesmo patamar.
Os maiores índices de crescimento serão notados no Panamá (8,5%), na Argentina (8,3%) e no Haiti (8%). Esse último impulsionado pelo período de intensa recuperação que vive agora, após ter sido assolado pelo terremoto de 2010.
Para o economista Carlos Mussi, da Cepal, a redução do ritmo de expansão da economia brasileira indica que o País está preocupado em manter uma trajetória de crescimento menos volátil, gerando empregos e aumentando a renda da população. Os resultados dessa medida já serão notados no final desse ano, quando o desemprego cairá de 7,3% para algo entre 6,7% e 7%.
Conforme os dados do relatório, os países da América Latina e Caribe vão registrar, em seu conjunto, um crescimento de 4,7% em 2011.