Eismann comenta dificuldades para importar no Brasil


Líder no mercado europeu de alimentos ultracongelados e primeira empresa do Brasil na venda direta de alimentos, a alemã Eismann aproveita o bom momento da economia brasileira para as importações para cobrir investimentos que foram feitos em períodos anteriores. No entanto, apesar do cenário favorável, o Grupo acredita que companhias que necessitam importar seus produtos no País ainda enfrentam muitos desafios relacionados à logística dos portos.



Além de importar 59% dos produtos ofertados da Europa, a empresa traz até dois contêineres por mês pelo Porto de Paranaguá. Os impostos elevados e as taxas portuárias são vistos pelos dirigentes da Eismann como os principais entraves para que os produtos entrem no País, e por conta destas medidas, os produtos chegam a custar quatro vezes mais do que quando saem da Europa. “Isso sem contar os custos logísticos, que no Brasil são muito altos devido à falta de infraestrutura adequada ao crescimento que país está tendo”, diz Antonio Guedes, Diretor de Operações do Grupo Eismann no Brasil.



Por conta de imprevistos ocorridos no Porto, a empresa já teve que mandar contêineres de volta para o continente europeu, o que compromete a qualidade dos produtos alimentícios e faz com que eles não possam ser comercializados. Este tipo de acontecimento gera prejuízos e provoca incertezas sobre o mercado brasileiro e a capacidade de manipulação de produtos congelados nos portos, conforme a empresa.



Mesmo assim, a Eismann acredita que são problemas naturais de países em desenvolvimento e aposta que um bom relacionamento com os consumidores e em investimentos em infraestrutura para melhorar a situação.



O governo federal ressalta que os Programas de Aceleração do Crescimento (PACs) 1 e 2 reúnem um total de R$ 15 bilhões a ser investidos no setor portuário.  De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), este setor necessita de R$ 42,88 bilhões para que os problemas relacionados à eficiência da logística sejam resolvidos, como a demora e burocracia que os importadores enfrentam na alfândega. Para o Instituto, uma melhora da logística internacional significaria a redução de custos de importação e incrementaria o crescimento econômico do Brasil.



 

MarcusRG
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