A Alemanha inicia o ano novo comemorando os bons resultados de 2010. Embora a crise financeira tenha afetado duramente a Europa e alguns países ainda passem por sérias dificuldades, os alemães registraram índices recordes de emprego no ano que passou. Segundo a Agência Federal de Estatísticas (Destatis), o país registrou 40,37 milhões de trabalhadores, número 0,5% maior que o de 2009, representando a inclusão de 197 mil pessoas no mercado de trabalho.
O crescimento é reflexo da recuperação econômica, após a crise financeira que resultou no corte de 45 mil postos de trabalho em 2009. Estimativas preliminares da Destatis indicam que a taxa de desemprego caiu 9,2% em 2010, somando 2,93 milhões de desocupados – índice mais baixo dos últimos 20 anos.
Salários
A queda do desemprego poderá forçar um reajuste nos salários dos alemães, já que há menos trabalhadores disponíveis. A Ministra do Trabalho, Ursula von der Leyen, afirmou em entrevista ao jornal alemão Saarbruecker Zeitung, publicada no último domingo (2), que está “convencida de que os salários aumentarão consideravelmente neste ano”.
Embora a questão salarial seja definida por meio de acordo entre os sindicatos e os empregadores, a Chanceler Angela Merkel e o Ministro da Economia, Rainer Bruederle, também pediram aumentos mais expressivos para os trabalhadores em 2011. Em 2009, o aumento médio dos salários negociados ficou em torno de 2,6% na Alemanha, o que corresponde a 2,2% de crescimento real, considerando a inflação.
