Apesar da crise financeira, o setor industrial alemão de médio porte ampliou suas atividades em pesquisa e desenvolvimento (P&D) mais fortemente do que o de grande porte. Em estudo divulgado nesta quinta-feira (27), o instituto de pesquisa econômica DIW-Berlin destacou que pequenas e médias empresas investiram em 2010 perto de €5,1 bilhões em P&D, 35% mais que em 2005.
Segundo o DIW, os programas de fomento do governo alemão, cujos volumes mais que dobraram em um período de seis anos até o final de 2011 (para €1 bilhão), tiveram papel importante nesse desenvolvimento.
Atualmente, existem 60 mil pequenas e médias empresas (PMEs) na Alemanha com atividades de pesquisa e desenvolvimento, nas quais estão empregados 17% dos trabalhadores em P&D do país. Quase um quinto dessas empresas (13 mil) obteve subsídios da União nos últimos cinco anos.
Segundo o DIW, o relatório atesta que os programas de fomento em inovação e tecnologia do governo federal tiveram resultados positivos. O número de PMEs que fazem pesquisas subiu de 2.200 em 2008 para 29.800 em 2010, e a transferência de conhecimento vem aumentando. O volume de vendas das empresas subsidiadas cresceu, em média, 38,4% entre 2005 e 2010, e as exportações se expandiram em cerca de 45%. Igualmente maior ficou o total de empregados, em 19,4%.
“As PMEs são a força motriz do crescimento, da inovação e do emprego. Graças à sua boa performance, elas tiveram uma influência de estabilização no desempenho dos empregos nos anos de crise de 2008 e 2009”, ressalta o economista do DIW Alexander Eickelpasch.
