A Audi do Brasil anunciou nesta terça-feira (17) em Brasília (DF) o início da produção local de dois de seus automóveis, o Q3 e o A3 Sedã. Em reunião com a presidenta da República, Dilma Rousseff, o presidente mundial da montadora alemã, Rupert Stadler, formalizou o projeto que utilizará, no sul do País, uma planta fabril do Grupo Volkswagen, do qual a marca dos anéis faz parte.
Localizada em São José dos Pinhais, no Paraná, a fábrica da Volkswagen será ampliada e compartilhará a produção de seus próprios carros com aqueles da linha Audi. É objetivo da companhia também dobrar a rede de concessionárias até o final da década, chegando a mais de 60 pontos de venda.
Para esse conjunto de ações, a montadora planeja investir € 150 milhões até 2015, quando deve se iniciar a fabricação dos dois modelos. “O Brasil tem um mercado muito interessante para a Audi. Agora, estaremos presentes com unidades fabris em todos os países dos BRIC. Pela primeira vez na história, produziremos mais Audis fora da Alemanha do que em nosso próprio país”, afirmou Stadler.
Como pontos de destaque para a decisão da Audi em produzir no Brasil, o executivo apontou os índices de crescimento alcançados pelo País nos últimos anos e as previsões otimistas de alta do PIB para o futuro, começando pela estimativa de 4% para 2014. Além disso, a movimentação do governo brasileiro em torno das obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 também chama a atenção dos alemães quanto ao desenvolvimento do Brasil e de seu mercado.
A produção do A3 Sedã, inclusive, deverá contar com 30% a 35% de componentes nacionais. Segundo Bernd Martens, vice-presidente mundial de compras da Audi AG, essa decisão valoriza a indústria brasileira e cria um cenário de maior competitividade.
A Audi já havia produzido o A3 na fábrica de São José dos Pinhais de 1999 a 2006.