BASF mira em biotecnologia e inovação no Brasil

A partir da safra de 2011/2012, a BASF entrará no mercado de transgênicos com o lançamento da soja Cultivance, desenvolvida em parceria com a Embrapa. Após a estreia, outras novidades na área de biotecnologia já estão programadas. Uma variedade de cana-de-açúcar resistente à seca está sendo desenvolvida em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira – CTC. A cana geneticamente modificada será introduzida no mercado brasileiro até 2020.


“Queremos produzir no futuro variedades de cana com 25% a mais de produtividade com relação às que já existem no mercado”, disse o presidente e CEO da BASF Plant Science, Peter Eckes, durante um evento sobre as perspectivas para o segmento de Soluções Agrícolas na América Latina.


Para o executivo, o Brasil é um dos principais mercados mundiais para a biotecnologia. Ele afirma que o uso de grãos para a produção de biocombustíveis cresce em média 20% ao ano e que “para atender a essa demanda, a produção agrícola terá de ser duplicada em 20 anos”.


Em 2012, a BASF e a Monsanto lançarão também, nos Estados Unidos, um milho transgênico, que depois será levado a outros mercados.


Negócios


Os investimentos mundiais da BASF atingirão uma média anual de € 100 a € 150 milhões nos próximos anos. A parte que caberá ao Brasil nesses investimentos totais não foi divulgada. Mas, de acordo com o presidente mundial da Divisão de Proteção de Cultivos da BASF, Markus Heldt, o País possui hoje uma posição estratégica nos negócios da BASF na área de proteção de cultivos.


“Nos últimos 5 anos, as vendas da BASF passaram de € 2,351 para € 2,963, impulsionadas sobretudo pelo Brasil e pela Divisão de Proteção de Cultivos”, destacou.


A empresa anunciou também quatro novas tecnologias de herbicidas e fungicidas para sementes de soja e outras culturas – o Standak Top, em fase de lançamento, indicado para o tratamento de sementes de soja com ação inseticida e fungicida; o Heat, que combate plantas daninhas que afetam 30 culturas; o Kifix, herbicida para o controle de plantas daninhas em arroz irrigado; e o Serenade, um produto indicado para o manejo de resistência de fungos.

Divulgação/BASF
Divulgação/BASF