Em sua primeira visita ao Brasil desde que assumiu o cargo de CEO da Bayer CropScience (em dezembro), Liam Condon anunciou, nesta quarta-feira (6), em São Paulo, dois investimentos da divisão de cultivos da Bayer no segmento de soja no País. O primeiro é a oficialização da aquisição do banco de germoplasma de soja da Melhoramento Agropastoril, de Cascavel (Paraná), e o segundo, a assinatura do acordo para adquirir a empresa Agricola Wehrmann, de Cristalina (Goiás) e sua desenvolvedora de sementes de soja, Wehrtec.
A companhia não divulgou os valores das transações, que complementam a aquisição da empresa SoyTech, de Goiás, em 2011. No último dia 4, a Bayer havia anunciado a extensão de seu acordo de colaboração em sementes de trigo com a empresa Biotrigo, de Passo Fundo (Rio Grande do Sul).
“Essas iniciativas reforçam o papel estratégico do Brasil em nossas ambições de crescimento. Nós estamos desenvolvendo uma plataforma global única para o trigo de modo a oferecer aos produtores variedades sob medida com melhor produtividade e outras características desejáveis”, afirmou Condon. “Dada a importância da soja para a agricultura latino-americana, estamos montando uma área de negócios de sementes de soja na região para oferecer aos nossos clientes os últimos desenvolvimentos de nossa área de soja, com variedades locais altamente competitivas”, completou.
Marc Reichardt, presidente da Bayer CropScience para a América Latina, ressaltou as perspectivas positivas em relação à região: “Estamos continuamente criando empregos com foco em vendas e marketing e na expansão de nossa área de negócios de sementes”. Apenas no Brasil, a divisão de cultivos da Bayer aumentou seu número de empregos em 20% no ano passado e planeja um avanço semelhante em 2013. “Nossos investimentos de longo prazo no País, por exemplo em maquinário para tratamento de sementes, continuarão a crescer. Em 2013, investiremos quase três vezes mais do que há três anos”, concluiu.
Em 2012, a Bayer CropScience teve vendas recordes, de €2,1 bilhões, na região de negócios América Latina/África/Oriente Médio, um crescimento de 15% sobre 2011. O crescimento foi particularmente grande no Brasil e na Argentina, onde atingiu os 20%. O Brasil é o segundo maior mercado para a companhia, atrás apenas dos EUA.