Dürr cresce com investimentos de montadoras


Ao completar seu cinquentenário no Brasil como primeira subsidiária fora da Alemanha, a Dürr comemora também crescimento expressivo do faturamento no País. Apesar da contração dos negócios dos principais clientes, as montadoras, as receitas cresceram 30% nos últimos três anos, o melhor resultado entre os Brics, somando € 200 milhões em 2013, perto de 8% das vendas globais da companhia, que fornece a todos os fabricantes de veículos no mundo equipamentos e robôs para cabines de pintura e linhas de montagem final, além de projetos de engenharia para plantas.


“Nossos resultados no Brasil avançaram porque estão diretamente ligados aos vultosos investimentos do setor automotivo em modernização, ampliação e construção de novas fábricas”, explica Ralf Dieter, CEO global da Dürr, que esteve em São Paulo para as comemorações do aniversário de 50 anos da filial brasileira.

Os bons resultados, contudo, começam a ser afetados pelo cenário econômico desfavorável. “Este ano foi mais difícil para nós e deveremos fechar com faturamento quase igual ao de 2013”, afirma Dieter. Para o executivo, os investimentos anunciados das montadoras no País, que segundo a associação dos fabricantes, a Anfavea, devem superar R$ 75 bilhões de 2013 até 2018, “são factíveis, mas podem acontecer com intensidade menor, pois foram programados em momento mais favorável, quando havia grande crescimento da demanda”. Para 2015, as projeções são melhores: “Deverá ser um ano positivo, pois não existem os fatores negativos que impactaram no desenvolvimento do País em 2014.”

Dieter estima que os investimentos, mesmo que em velocidade menor, vão continuar acontecendo no País, por isso a Dürr vem se preparando para atender a demanda em crescimento das montadoras e alguns de seus fornecedores – o setor automotivo é responsável por 80% do faturamento global e no Brasil esta proporção se repete.


Em 2012 foi implementado um plano de crescimento da subsidiária brasileira até 2017, com investimentos de € 2 milhões a € 3 milhões para o período. Desde então, o número de funcionários mais que dobrou, de 130 para 300, a maioria engenheiros envolvidos em quase 200 projetos. “Somos essencialmente uma firma de engenharia, fornecemos além dos equipamentos todo o serviço de projeto de uma fábrica”, diz o CEO.

Pouca nacionalização

Apesar da expansão das vendas, a Dürr produz pouca coisa no País; essencialmente são feitas aqui operações de montagem de maquinário importado de outras 20 fábricas do grupo no mundo, principalmente equipamentos que vêm do México e robôs de pintura da matriz, na Alemanha.


O índice de nacionalização dos produtos vendidos no mercado brasileiro não passa de 10%, segundo Dieter. O problema é a falta de escala para compensar a produção local: “Em apenas um ano montamos mais cabines de pintura na China do que fizemos aqui em 10 anos”, conta.


No Brasil, a Dürr chegou em 1964 para atender a Volkswagen e hoje detém 80% de participação no fornecimento de robôs de pintura e selagem (já tem 600 em atividade no País) para fábricas instaladas e novas, também tem 80% do mercado de máquinas de balanceamento de rodas e fornece mais de 70% de outros equipamentos utilizados na manufatura, como lavadores secos mecânicos, testadores de limpeza de peças e transportadores rotativos, além de projetos virtuais de plantas.


 


Com informações Automotive Business

Divulgação Dürr
Divulgação Dürr