As empresas estão enfrentando o mais diversificado ambiente de trabalho que o mundo já viu, com cinco gerações diferentes reunidas em várias regiões geográficas — cada uma delas com variadas competências, experiências e hábitos. Muitos desses profissionais serão autônomos e prestadores de serviços de longo prazo. Tudo isso representa uma grande oportunidade para as áreas de produtividade, desenvolvimento de talentos e engajamento de funcionários. Porém, de acordo com novas pesquisas em larga escala da Oxford Economics, a maioria das empresas não está preparada para capitalizar essas chances que estão surgindo.
Como revelado pelo Workforce 2020, um estudo independente e global da Oxford Economics, com apoio da SAP, a maioria das empresas reconhece a importância da gestão de uma força de trabalho cada vez mais global, diversificada e móvel. No entanto, grande parte dos empresários não possui estratégia, cultura nem soluções para fazê-lo. A Oxford Economics pesquisou mais de 5.400 funcionários e executivos e entrevistou 29 diretores em 27 países, incluindo o Brasil.
As seis principais questões que as empresas estão enfrentando
1. A remuneração é o que mais importa
De acordo com o Workforce 2020, uma remuneração competitiva é o atributo mais importante do trabalho para dois terços dos entrevistados — com uma nota 20% maior do que o segundo benefício mais importante. Planos de aposentadoria, flexibilidade e tempo livre ficaram bem à frente de outros pontos, como academias, creches e alimentação subsidiada.
2. A Geração Y é incompreendida
Embora 51% dos executivos afirmem que a entrada da Geração Y na força de trabalho está gerando impactos importantes na estratégia voltada para suas equipes, somente menos de um terço dos entrevistados reconhece estar dando atenção especial às demandas e desejos particulares desse grupo— principalmente porque os executivos não entendem como eles pensam.
Muito tem sido escrito sobre como os chamados Millennials são diferentes em termos de uso da tecnologia e atitudes em relação ao trabalho quando comparados com as gerações passadas de profissionais; no entanto, o estudo Workforce 2020 mostra que eles são surpreendentemente semelhantes aos colegas de trabalho de outra faixa etária, quando se trata de prioridades no local de trabalho.
3. Atualização tecnológica insuficiente
Poucas empresas estão apoiando adequadamente seus funcionários, inclusive a Geração Y. Menos da metade dos profissionais pesquisados durante o estudo Workforce 2020 diz que suas empresas fornecem treinamento amplo sobre as tecnologias que eles precisam e menos de um terço afirma que as empresas garantem a eles acesso às tecnologias mais recentes.
4. Liderança está em falta
Infelizmente, a falta de apoio para o desenvolvimento dos funcionários está gerando um vácuo de liderança. A falta de liderança adequada é citada pelos executivos como o segundo maior impedimento para atingir os objetivos de construção de uma força de trabalho capaz de cumprir as futuras metas de negócio. Quase metade dos entrevistados diz que seus planos de crescimento estão sendo dificultados pela falta de acesso aos líderes corretos dentro de suas organizações.
5. A força de trabalho está mudando
Com a economia evoluindo para um estado em que quase tudo pode ser fornecido como serviço, as empresas estão cada vez mais usando conhecimento e recursos externos — e de acordo com a demanda — para preencher as lacunas de competências. Isso se traduz em mais equipes temporárias nas empresas, mais consultores e profissionais que trabalham sob contratos específicos e até mesmo projetos de “crowdsourcing” (modelo de criação ou produção que conta com mão de obra e conhecimento coletivos).
6. Modelos de remuneração, tecnologias e desenvolvimento devem mudar
Esta natureza mutável do emprego citada nos itens anteriores está afetando as estratégias relacionadas à força de trabalho. Das empresas pesquisadas:
- 46% dizem que vão exigir mudanças nos planos de remuneração
- 45% dizem que vão exigir mais investimentos em treinamento
- 39% dizem que isso vai resultar em mudanças nas políticas de tecnologia para apoiar a mobilidade e iniciativas BYOD (termo que trata da autorização das empresas para os colaboradores usarem seus dispositivos móveis particulares no ambiente de trabalho) , etc.