A empresa alemã Fuhrländer passará a produzir sua tecnologia em sistemas eólicos no Brasil. Nesta terça-feira (3) foram iniciadas as obras de sua fábrica de aerogeradores no complexo portuário e industrial de Pecém, Ceará. A previsão é de que a sua construção seja concluída em oito meses, dando inicio à produção já nos primeiros meses de 2013.
De acordo com o presidente da companhia, Joaquim Fuhrländer, era um sonho trazer a fábrica para o Brasil devido ao potencial existente no País. “Aqui existem pessoas realmente entusiasmadas com esse empreendimento, que acreditam em resultados positivos”, disse.
A unidade ocupará uma área de aproximadamente 122 mil metros quadrados e abrigará a fabricação de aerogeradores das classes FL 2.5 MW e FL 3.0MW, máquinas de grande potência, com 141 metros de altura, adaptadas para obter o melhor aproveitamento dos ventos brasileiros. Inicialmente, a fábrica deve gerar 200 empregos diretos, além de cerca 600 indiretos.
Para essa primeira fase, de acordo com a empresa, o investimento previsto gira em torno de R$ 15 milhões. Se for ampliada, a unidade poderá receber investimento adicional de R$ 30 milhões. Em entrevista exclusiva a um jornal da região, o presidente da companhia não descartou a possibilidade de uma breve expansão, mas afirmou que a prioridade atual é a conclusão da obra, o treinamento do pessoal e a montagem das máquinas.
“O Ceará tem uma enorme potencialidade eólica, precisava de um investimento dessa magnitude. Sou testemunha do empenho do cearense para viabilizar a produção de energia eólica no País”, disse o presidente da Eletrobrás, José da Costa, durante o evento de lançamento do projeto. Atualmente, o Estado tem o mais moderno parque de produção eólica do Brasil.
Em fevereiro deste ano, a Fuhrländer já havia demonstrado seu interesse pelo País. Naquela data, a companhia firmou um protocolo de intenções com o Laboratório de Energia dos Ventos (LEV), da Universidade Federal Fluminense (UFF), que prevê parcerias no desenvolvimento de pesquisas e projetos de intercâmbio que envolvam ciência, tecnologia, educação e cultura voltados para a criação de modelos de geração de energia eólica e solar.