Apesar das muitas críticas e preocupações de investidores, o plano do governo alemão de eliminar energia nuclear no país até 2022 pode representar uma nova oportunidade para muitas empresas, como é o caso do grupo alemão Hochtief.
"A virada energética e os desafios na construção de cidades e no trânsito nos abrem muitas novas chances", afirmou o diretor do grupo, Dr. Frank Stieler, em comunicado divulgado pelo grupo alemão nesta terça-feira (17).
A empresa já participa da construção de quase todos os parques eólicos na costa alemã e pretende contar com o apoio do grupo espanhol ACS, que detém grande parte das ações da Hochtief, para expandir suas atividades no mercado de energia eólica em terra e na costa.
"A organização está no caminho certo e irá alcançar ao longo do ano fiscal um faturamento maior do que do ano passado", concluiu Stieler. No entanto, ele ressalta a necessidade de estabilização do mercado financeiro para a concretização dos planos de expansão e recuperação econômica do grupo.
No primeiro semestre de 2011, a Hochtief teve perdas de € 588 milhões no seu lucro líquido por conta de problemas da subsidiária na Austrália, Leighton. A filial executou dois projetos no país, que resultaram em prejuízos também para a matriz alemã. No entanto, todas as outras empresas do grupo obtiveram um bom resultado, diminuindo assim o prejuízo do grupo.
Desde de janeiro de 2011, as empresas do grupo receberam encomendas que totalizaram uma receita de mais de € 13 bilhões que representa um crescimento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. O grupo também tem uma filial no País, a Hochtief do Brasil, e já atua a 45 anos no mercado brasileiro de construção