O Hospital Alemão Oswaldo Cruz acaba de lançar seu Centro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Coordenado pelos neurologistas Jefferson Gomes Fernandes e Roberto Carneiro de Oliveira, o Centro conta com infraestrutura composta por uma Unidade de AVC Agudo, inserida na UTI Neurológica, e uma Unidade de Internação Neurológica exclusiva.
“Nossa atuação é multidisciplinar, envolvendo, além de médicos emergencistas e intensivistas capacitados para o atendimento inicial, equipes de retaguarda Neurológica, Neurocirúrgica e de Neuroradiológia Intervencionista. Estas equipes atuam de forma integrada com os profissionais de enfermagem, nutrição e reabilitação do Hospital, oferecendo as melhores práticas médicas na assistência às pessoas com AVC que buscam o nosso Hospital”, explica Jefferson Gomes Fernandes.
Segundo a instituição, o AVC é uma das principais causas de morte e de incapacitação física no Brasil e no mundo, entretanto, muitas vezes, seus sintomas e sinais são negligenciados pelos pacientes devido à falta de conhecimento ou à confusão com problemas de menor gravidade. A doença é evidenciada por manifestações como súbita fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (braço, perna e face), alteração da coordenação e equilíbrio, desorientação, dificuldades para articular a fala, desvios da boca para o lado e dor de cabeça intensa, sem qualquer motivo aparente.
O lançamento do Centro de AVC também alerta para a questão do tempo de atendimento, que é crucial no caso de doenças cerebrovasculares. Quanto menor o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento, maiores serão as chances de sobrevida, assim como as de recuperação e redução de sequelas. O atendimento realizado nas primeiras quatro horas e meia pode ser fundamental para a redução de sequelas no caso de um AVC isquêmico.
“O AVC precisa ser considerado uma emergência médica. Esse é um grande ponto de conscientização junto à população. As pessoas tendem a não dar a devida importância para sintomas como pequenas restrições de movimento ou alguma dificuldade para falar. Diferentemente do que ocorre com a suspeita de infarto do miocárdio, por exemplo, os pacientes acabam tardando a ida ao hospital, colocando em risco a recuperação e até a vida”, enfatiza Fernandes.