Lanxess anuncia aportes de R$ 75 milhões no País


Há sete anos, o Brasil era responsável por apenas 1% das vendas globais da Lanxess, então recém-chegada ao País. Atualmente, a unidade brasileira responde por 10% das vendas globais da companhia e, agora, está prestes a sediar um importante pólo tecnológico para especialidades químicas da Lanxess na América Latina. A multinacional química alemã anunciou, nesta quarta-feira (5), investimentos que totalizam R$ 75 milhões, destinados às plantas de Porto Feliz e de Triunfo.



Duas novas unidades produtivas serão construídas em Porto Feliz, no interior de SP. Uma delas fabricará plásticos de engenharia de alta tecnologia, usados principalmente pela indústria automotiva para tornar os carros mais leves e, assim, mais econômicos. As operações serão iniciadas em meados de 2013. A outra planta, que ficará pronta já no final de 2012, produzirá aditivos de borracha e bladders, usados pela indústria pneumática para dar forma aos pneus.



O presidente do conselho de administração de Lanxess, Axel Heitmann, esteve em são Paulo para anunciar os novos investimentos e disse que o Brasil se tornou parte integral da estratégia de crescimento global da companhia. “Este país é hoje um dos mercados mais bem sucedidos e de crescimento mais rápido para os produtos da Lanxess”, disse. O executivo acredita que, mesmo com a crise econômica, afetando sobretudo Europa e Estados Unidos, a demanda deve continuar impulsionada pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), devido ao crescimento das indústrias automotivas e de construção, maiores segmentos de clientes da Lanxess.



Planta de Triunfo terá borracha de cana-de-açúcar



A Lanxess anunciou, ainda, um terceiro investimento que tornará o Brasil pioneiro na produção de borracha sintética derivada exclusivamente da cana-de-açúcar. Na sua fábrica de Triunfo, no Rio Grande do Sul, a empresa irá instalar, até o final deste ano, a produção de borracha de EPDM (monômero de etileno propileno dieno) com base em etileno biológico, fornecido pela Braskem. O produto é usado principalmente pela indústria automotiva, mas também de construção, modificação de plásticos, cabos e fios.



A borracha “EPDM verde”, sob a marca Keltan Eco, atenderá à demanda do mercado mundial e substituirá a utilização de matérias-primas à base de petróleo. “Por causa das conquistas do Brasil na área de biocombustíveis, percebemos que este é o lugar ideal para lançar a produção de EPDM de base biológica”, destaca Guenther Weymans, chefe da unidade de negócios de produtos de borracha do Grupo.



A Lanxess também está procurando por fontes alternativas para produzir borracha butílica, usada na fabricação de pneus. Segundo o presidente da companhia no Brasil, Marcelo Lacerda, um isobuteno (matéria-prima para borracha butílica) feito de milho já está sendo desenvolvido em parceria com a Gevo Inc., sediada nos Estados Unidos. 



 Automotive Day



O setor automotivo tem importância fundamental para a LANXESS, que fornece produtos e aplicações para praticamente toda a cadeia produtiva do segmento, como pneu, lanternas, bancos de couro, airbags, dentre outros.



Para discutir tendências de materiais e aplicações do mercado automotivo, a Lanxess realiza, nesta quinta-feira (6), o Automotive Day Brasil, em São Paulo, que reunirá executivos de importantes empresas do setor, especialistas e imrpensa.



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