O otimismo da MAN Latin America em relação ao mercado brasileiro reflete-se em novidades. Em uma coletiva para a imprensa latinoamericana, nesta sexta-feira (16), no Rio de Janeiro, a fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen anunciou que, em 2012, começará a comercializar no País dois modelos de caminhões extrapesados.
Além disso, a MAN apresentou a sua nova linha de caminhões para o próximo ano e informou que, em breve, novas ampliações na unidade de Resende (RJ) devem ser divulgadas.
As novidades da marca serão destaque no Salão Internacional do Transporte (FENATRAN), que acontece de 24 a 28 de outubro em São Paulo. Os caminhões MAN TGX e TGS marcam a entrada da montadora no segmento de extrapesados, no qual a líder de mercado ainda não atuava. “A partir de agora, a MAN passa a estar presente em todos os segmentos de caminhões, desde 5,5 toneladas até 74 toneladas”, enfatiza Ricardo Alouche, diretor de vendas, marketing e pós-venda da companhia. Segundo ele, também na FENATRAN será lançado um consórcio da MAN.
A MAN Latin America anunciou, ainda, que vai ampliar suas operações no México a partir de 2012, com o lançamento de quatro novos produtos para aquele mercado. Os investimentos serão de US$ 15 milhões até 2012, direcionados tanto para a chegada dos novos modelos, como para a reestruturação da fábrica em Querétaro.
Caminhões “limpos”
A nova linha, que será comercializada no próximo ano, também já está preparada para atender às exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), que limita as emissões de poluentes dos veículos. As novas tecnologias empregadas nos automóveis garantirão benefícios como baixo nível de ruído e consumo de combustível, além de maior intervalo de manutenção e menor emissão de poluentes.
Entretanto, as tecnologias “verdes” podem interromper um ciclo de recordes sucessivos, que culminou com um aumento das vendas em 42% no ano passado ante 2009, totalizando 48.649 unidades comercializadas. Segundo o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, a tecnologia mais cara eleva o custo de produção, e o preço será repassado ao cliente. O aumento deve ficar em torno de 15%.
“Esperamos uma redução nas vendas, principalmente no primeiro semestre de 2012. Isso se deve à antecipação das compras, já que os clientes sabem que no próximo ano ficará mais caro”, revela o executivo.
Para tentar neutralizar o desaquecimento nas vendas, a MAN está pleiteando junto ao governo a adoção de medidas que incentivem a compra dos veículos menos poluentes, como linhas de crédito especiais, redução nas taxas de juros e isenção de impostos para peças importadas.
Ainda assim, a expectativa para 2012 é das melhores. A companhia pretende aumentar suas vendas em 10 % no Brasil na média dos próximos 5 anos.