A MAN América Latina, empresa de caminhões e ônibus pertencente ao grupo alemão MAN, anunciou um ciclo de investimentos que somará R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos. O presidente mundial da companhia, Georg Pachta-Reyhofen, e o presidente da MAN na América Latina, Roberto Cortes, anunciaram ainda a instalação de uma nova linha de montagem dos caminhões extra-pesados MAN modelos TGS e TGX, em Resende (RJ).
Os caminhões MAN feitos no Brasil serão, entretanto, inicialmente montados em sistema SKD, com conjuntos importados da Alemanha. Na prática, isso significa a nacionalização gradual dos caminhões MAN no Brasil; os quais devem ser comercializados a partir de 2011. Até então, a companhia atendia o mercado brasileiro somente com a marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, adquirida pela MAN em 2008. A nova linha terá de 10 mil metros quadrados de área construída, com capacidade anual de 5 mil veículos. O investimento envolvido é de R$ 150 milhões.
Panorama
De acordo com Cortes, do total de aportes previstos até 2015, metade será destinada ao desenvolvimento de novos produtos. O restante irá para a fabricação de novos motores e para pesquisa e desenvolvimento, incluindo novas tecnologias para eficiência ambiental. O cenário econômico favorável e as promessas de crescimento do mercado brasileiro são os fatores determinantes para os investimentos no país, segundo Reyhofen, que visita o País pela primeira vez como presidente da MAN SE. Assim como os demais países do BRIC, o Brasil ocupa “um papel estratégico nos negócios de veículos comerciais do Grupo”, afirma.
Fornecedores
A MAN apresentou também o projeto do novo Parque de Fornecedores que será instalado nos arredores da fábrica em Resende (RJ), com início das operações previsto para o próximo ano. As empresas parceiras ArvinMeritor, a Maxion e a Suspensys, do Grupo Randon, investirão cerca de R$ 85 milhões no parque e abrirão 700 novos postos de trabalho que se somarão a outras 100 vagas abertas pela nova linha de montagem.
Com a capacidade de produção ampliada de 50 mil unidades por ano para 72 mil, a MAN América Latina precisou instalar um terceiro turno de trabalho na fábrica em março passado. Com isso, foi possível alcançar duas vendas recordes comemoradas pelos executivos da empresa: 4 mil ônibus destinados ao programa do Governo Federal, Caminho da Escola, e 400 carros-fortes para a Protege, empresa de transporte de valores.
