Pancrom comemora 70º aniversário
Atualmente, a gráfica fundada pelo alemão George Murrins e o brasileiro Homero Villela de Andrade é uma das mais modernas da América Latina
A Pancrom Indústria Gráfica completa nesta terça-feira (15) 70 anos de atuação. Uma parte de sua história começou em 1927, quando o alemão George Murrins chegou ao Brasil. Inicialmente, Murrins, que acumulava vasta experiência na área gráfica tornou-se um técnico muito respeitado, sendo um dos primeiros a trabalhar com fotolitografia. Na mesma época, vindo do interior para estudar na capital paulista, estava o jovem Homero Villela de Andrade, que também viria a ser sócio fundador da empresa
Dez anos mais tarde, em 1937, Murrins, que era mestre em transformar máquinas velhas em novas, trabalhou na Bremensis, empresa que produzia fotolitos e clichês. Entretanto, as enormes dificuldades financeiras que a companhia na qual trabalhava enfrentou neste período fizeram com que ele se decidisse por montar um negócio próprio.
Em 1945, com o nome de Fotolito Gemuna, Murrins iniciou uma pequena empresa com suas atividades direcionadas, principalmente, à preparação de chapas de impressão e serviços na área de fotografia. No mesmo período, Homero abriu sua gráfica, a Villela e Assis.
No início, o porão de uma casa no centro de São Paulo servia como base. Em pouco tempo, a Fotolito Gemuna se mudou para um galpão no bairro do Cambuci. Na época, com 30 anos, o empresário cuidava da área comercial e da gráfica, que era equipada com duas Davidson 1/8 de folha, importadas dos Estados Unidos.
Enquanto isso, a Villela e Assis, de Homero, começou cortando, refilando e empacotando papel. Pouco depois, passou a produzir várias capas de livros para outras gráficas que não dispunham de maquinário para desempenhar tal tarefa.
O início da sociedade
O primeiro contato entre os futuros sócios aconteceu quando Homero alugou parte do seu galpão para a empresa de Murrins, fazendo com que no mesmo local funcionassem uma gráfica e uma empresa de fotolito. O primeiro passo para a formação da sociedade estava dado, e em 1947 nascia a Gráfica Villela & Cia.
Homero cuidava das vendas, Murrins de toda a produção e um outro sócio se encarregava da parte administrativa. Em 1949, Homero e Murrins tornaram-se os únicos sócios, alterando o nome da empresa para Fotolitografia Pancrom (os radicais gregos Pan, que significa união, e Crom, que significa cor).
Em 1975, surgiria o nome que segue até os dias de hoje: Pancrom Indústria Gráfica.
O crescimento da Pancrom
Um fator determinante para o avanço e a modernização da indústria gráfica no País foi a chegada de Juscelino Kubitschek ao poder, autorizando a importação de equipamentos gráficos. Essa medida do governo, aliada ao espírito empreendedor de alguns empresários, fez com que o setor registrasse um crescimento superior a 140% na década de 60. Com esse avanço da indústria gráfica no País, o setor de impressos promocionais passou, em pouco tempo, a ver sua demanda multiplicar.
Justamente neste período, a Pancrom começou a se destacar, tanto tecnologicamente quanto nas áreas de Vendas e Marketing. Mesmo diante de tantas mudanças, o setor ainda esbarrava nas limitações próprias da época, principalmente no que diz respeito a impressões coloridas. Mais tarde, já no final da década de 60, o mercado gráfico brasileiro passou a se desenvolver em sintonia com a tecnologia mundial.
A consolidação
Os anos 80, após o falecimento de George Murrins, a empresa é deixada para o filho Horst e o neto Klaus, em uma época na qual as gráficas brasileiras começaram a se destacar no exterior. Para se manter em evidência a Pancrom, além de investir em tecnologia, com o advento da era digital nas artes gráficas, estabeleceu parcerias para setores e necessidades específicas, alcançando prestígio e se consolidando entre uma das maiores gráficas do País. Após o sucesso anunciado, Horst e Homero assumiram o conselho da empresa, passando o bastão de vez para Klaus Murrins e Homero Filho.
Após 70 anos, com mais de 400 funcionários, a Pancrom possui um dos parques gráficos mais modernos da América Latina, próximo ao coração de São Paulo com mais de 25 mil metros quadrados e ocupa destacada posição no mercado brasileiro, principalmente no setor de livros de arte materiais editoriais, embalagens especiais e materiais diferenciados. Os inúmeros prêmios de qualidade recebidos ao longo dos anos comprovam a excelência de seus serviços.
“As nossas estratégias nunca param de se desenvolver. A cada dia a evolução nos surpreende com a sua velocidade, estamos sempre nos adequando e nos preparando para o futuro, sem perder o foco na essência que nos trouxe onde estamos, sempre respeitando como lei universal, a cultura e tradição que nos guiam, por todo caminho. ” Explica André Murrins, atual Diretor da Pancrom.