A T-Systems, empresa do grupo Deutsche Telekom da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), está buscando novos segmentos de atuação no Brasil, nos quais já tem expertise no exterior. A informação foi passada pelo novo presidente da companhia no País, Ideval Munhoz, que assumiu o cargo – e uma cadeira no Conselho de Administração global da empresa – no final de junho.
No Brasil desde 2001, a T-Systems presta serviços para os setores automotivo, de manufatura, bancos, serviços, varejo e telecomunicações, dentre outros, e agora mira também aeroportos, energia e saúde.
“Hoje, a T-Systems administra 78 aeroportos no mundo todo. Administra no sentido de que a companhia foi quem desenvolveu, implantou e faz o suporte das soluções de TI empregadas nos empreendimentos – desde soluções de controle da chegada e saída de aviões até das empresas que dão suporte às aeronaves no solo. Face ao momento econômico brasileiro e às iniciativas de expansão dos nossos aeroportos, acreditamos que podemos trazer para o País soluções já consolidadas lá fora”, afirmou Munhoz em entrevista ao BrasilAlemanhaNews, no início de agosto.
Para o setor de saúde, o dirigente destacou que a empresa tem soluções desde o backoffice, que dá suporte interno a hospitais e planos de saúde, “até soluções para a ponta, que podem ser usadas pelos médicos e enfermeiros, como dispositivos para medição de temperatura e pressão, por exemplo”.
Em energia, a aposta é que uma mudança normativa abrirá novas oportunidades de mercado: “A Aneel tem uma diretriz que, em 2015, vai exigir das concessionárias o monitoramento do consumo na ponta, na moradia do usuário final, e nós temos soluções novas para fazer esse controle, que estamos trazendo para o Brasil”, completou o Managing Director.
Oportunidades e desafios
O executivo ressaltou o aumento da visibilidade e dos investimentos que a Copa do Mundo e as Olimpíadas trarão ao País. “Para nós, essa janela de oportunidade não se encerra em 2016 e vai alavancar ainda mais nossa operação no Brasil. Para 2012 e para os próximos anos, trabalhamos com uma meta mínima de 15% de crescimento anual”, revelou.
Dentre os principais desafios do mercado brasileiro para as empresas de TIC, Munhoz destacou a concorrência: “Todos os players globais da área estão presentes no Brasil, além dos players locais, então, a competição, nesse segmento, é muito grande. E os clientes buscam fornecedores que tragam inovações constantemente, então, a nossa busca é por ter uma equipe local treinada e preparada para atender a toda e qualquer demanda que o mercado tenha. Entendemos que usar a bagagem local e o conhecimento global é um diferencial nosso”.
A falta de mão de obra qualificada, que hoje afeta tantos setores, também é um desafio para a T-Systems. “Esse é um dos motivos pelos quais não estamos concentrados em uma única região”, disse o dirigente, frisando que a empresa oferece planos de treinamento e formação aos profissionais. A companhia conta, no País, com 2 mil colaboradores, distribuídos por onze unidades em oito cidades (São Paulo, São Bernardo do Campo, Campinas, Barueri, Blumenau, São José dos Pinhais, Curitiba e Juiz de Fora), e atende a cerca de 1.500 clientes.
Perguntado sobre suas impressões pessoais após a entrada na empresa, Munhoz ressaltou a qualificação do quadro de funcionários: “Eu já tinha uma imagem muito positiva da T-Systems, pela estrutura e pela organização, não só local como global. Estando há um mês e meio aqui, eu vi que o potencial da empresa é maior ainda, não só em função da estrutura, mas principalmente do fator humano – por causa da senioridade, do conhecimento, da vitalidade, do dinamismo das pessoas que fazem parte da T-Systems. Isso me faz acreditar ainda mais que os desafios que temos pela frente têm todas as condições de serem superados”, finalizou.