A Volkswagen lançou hoje a pedra fundamental que dá início a ampliação da fábrica de Taubaté. A nova ala de Pintura receberá investimento de R$ 360 milhões e, em pleno funcionamento, deverá aumentar a capacidade produtiva da unidade de aproximadamente 1 mil para 1,3 mil veículos por dia. O início das operações está previsto para dezembro de 2012.
Segundo Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, “a operação estabelecerá novos modelos de tecnologia e proteção ambiental na indústria automotiva brasileira, com a introdução de equipamentos e processos inovadores”.
A nova área será 100% automatizada, utilizando mais de 70 robôs para a pintura interna e externa dos veículos. A tecnologia permitirá que, em relação ao processo atual, uma camada de tinta seja eliminada. Além disso, a qualidade do produto final melhorará por meio de um processo no qual os robôs realizam uma medição a laser, sem tocar na carroceria, garantindo a espessura da camada final de tinta. A aplicação de menos material repercute também em ganho ambiental.
Outro procedimento inédito na América do Sul é o transportador de carrocerias que permite um giro de 360 graus nas primeiras fases da pintura, minimizando a ocorrência de bolhas de ar e aumentando a qualidade do produto.
Proteção Ambiental
A ala de Pintura da fábrica de Taubaté, mesmo antes de sua construção, sempre esteve focada na preservação ambiental em todas as etapas do processo. Um software alemão, com o nome de GaBi, desenvolvido em conjunto com o grupo Volkswagen, avaliou todos os impactos ambientais, podendo assim, minimizá-los.
A utilização de uma nova tinta à base de água, juntamente com equipamentos e processos de alto rendimento e baixo consumo energético ajudarão na redução da emissão de gases de efeito estufa, compostos orgânicos voláteis e resíduos sólidos.
Além disso, a fábrica irá reciclar o ar de exaustão das cabines robotizadas. “Essa tecnologia possibilita a reutilização de 80% do ar que seria descartado na atmosfera no processo convencional. Ela propicia economia da energia consumida para aquecer ou resfriar o ar, quando este entra na cabine, onde sua temperatura deve permanecer em torno de 25°C”, explicou o gerente executivo de Engenharia de Manufatura – Pintura e Montagem Final, Nelson Salazar Filho.