A Volkswagen do Brasil apresentou, nesta semana, a série especial Last Edition da Kombi, um dos modelos de maior sucesso da marca no Brasil e que se destaca também pela maior longevidade da indústria automobilística mundial. Com produção limitada a 600 unidades, a edição especial será oferecida a partir deste mês com preço sugerido de R$ 85 mil.
De acordo com a montadora, a edição traz itens exclusivos como pintura tipo “saia e blusa” em azul e branco, acabamento interno de luxo e elementos de design que remetem às inúmeras versões do veículo fabricadas no País desde 1957. As unidades serão numeradas e terão placa de identificação.
História da Kombi
A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que projetou a combinação do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve. Lançada na Alemanha em 1950, o modelo se destacou pela versatilidade, sendo adotada tanto para transporte urbano de carga como para levar passageiros.
Ao lado do Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da Volkswagen no País, há 60 anos. Sua montagem começou no ano de 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A partir de 2 de setembro de 1957 o modelo passou a ser efetivamente produzido no Brasil, na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo. A Kombi foi o primeiro veículo fabricado pela Volkswagen do Brasil, antes mesmo do Fusca – e o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha.
O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. Na Alemanha o modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).
Com estrutura leve, do tipo monobloco, e carroceria em forma de “caixa”, a Kombi oferecia amplo espaço interno abrigado e capacidade para transportar uma tonelada de carga. Ao mesmo tempo, era um veículo muito fácil de manobrar. Resistente, econômico e de mecânica simples, foi amplamente aceita no mercado nacional.
Um dos pontos fortes em sua comercialização sempre foi a fácil adaptação para os mais diversos tipos de uso: a Kombi foi usada como ambulância, viatura policial, veículo do Corpo de Bombeiros, veículo de lazer, escritório volante, biblioteca circulante, carro funerário, lanchonete e até carro de reportagem de televisão e rádio, entre muitas outras versões.
Desde setembro de 1957 até julho de 2013 foram produzidas 1.551.140 unidades do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo. Após 56 anos ininterruptos de produção no Brasil, a Kombi tem a história de maior longevidade na indústria automobilística mundial.