O chamado Eurogrupo, formado pelos ministros de Economia e Finanças dos 17 países que compõem a zona do euro, anunciou, ao final de uma reunião que começou na segunda e durou até a madrugada desta terça-feira (10), que houve concordância em conceder à Espanha um empréstimo de € 30 bilhões ainda neste mês.
O montante faz parte dos € 100 bilhões que o país deverá receber do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), conforme acordado em junho, e servirá para socorrer os bancos espanhóis. Haverá condições atreladas ao empréstimo, relativas tanto a bancos em particular quanto ao sistema bancário espanhol como um todo, que serão decididas até o dia 20 de julho, de modo que o dinheiro seja liberado nos últimos dias do mês. O empréstimo deverá ser ratificado, ainda, pelos governos ou parlamentos dos países da zona do euro.
Os ministros também concordaram em dar mais tempo para que o governo espanhol consiga levar o déficit orçamentário do país ao limite estipulado pela União Europeia – de menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). O prazo, que antes era o final de 2013, foi estendido para o final de 2014. Para o final deste ano, a meta agora é de que a Espanha fique com um déficit de 6,3% do PIB (antes era de 5,3%).
Os membros do Eurogrupo decidiram, ainda, que o atual presidente do órgão informal, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, continuará no cargo até o final do ano. Juncker deveria se retirar no próximo dia 17 de julho, mas os ministros não conseguiram chegar a um consenso sobre o sucessor, e resolveram postergar a decisão. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, forte candidato ao cargo, enfrenta restrições por parte da França.
Igualmente na reunião desta segunda-feira, os ministros escolheram o alemão Klaus Regling, que atualmente preside o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, para estar à frente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), que vai substituir o EFSF e deve entrar em vigor neste mês.
