Exportações de produtos agrícolas crescem

A presença dos produtos agrícolas brasileiros no exterior vem aumentando. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nos últimos oito anos, as vendas de alimentos para outros países cresceram 111%.


De janeiro a novembro de 2010, as exportações atingiram US$ 70,3 bilhões e a previsão é que cheguem a US$ 75 bilhões até o final do ano. O Mapa atribui o excelente resultado ao aumento contínuo dos preços das commodities.


A promoção comercial dos produtos brasileiros em feiras e exposições, além de políticas públicas adotadas pelo governo para estimular as exportações, fizeram com que a participação do Brasil no comércio agrícola mundial passasse de 4,6% em 2002 para 6,8% em 2010.


Segundo dados do Ministério, metade das exportações mundiais de frango in natura é proveniente do País. No caso do açúcar essa fatia atinge 37%, do café verde, 26%, da soja em grãos, 25% e da carne bovina in natura, 21%.


“O peso da agricultura no mercado internacional de alimentos é crescente e devemos ampliar ainda mais essa participação como fornecedores de produtos agropecuários ao mundo daqui para a frente”, afirma o ministro Wagner Rossi.


Entre os principais importadores dos produtos agrícolas brasileiros estão Europa Oriental (34,8%), Oriente Médio (32,2%) e os países do Mercosul (30,7%).


As vendas da soja, carro-chefe das exportações agrícolas do Brasil, devem se expandir no próximo ano. Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Mapa, acredita que a demanda por alimentos em países em desenvolvimento, como a China, e os problemas climáticos enfrentados pela Rússia, que teve que suspender as vendas internacionais de grãos esse ano por conta de uma estiagem, serão os principais responsáveis pelo impulso nas exportações do produto.


Perspectivas


Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que o agronegócio brasileiro terá o maior crescimento do mundo até 2019, com expansão de 40% nos negócios. O Ministério da Agricultura acredita que a queda das taxas de crescimento populacional do Brasil e a concomitante expansão da produtividade gerarão excedente de alimentos, que serão então exportados.


As autoridades acreditam que, em 2020, o País será responsável por suprir quase a metade da demanda mundial por carne bovina, suína e de aves. As vendas de etanol devem saltar 220%, passando dos atuais 4,6 bilhões de litros por ano para cerca de 15 bilhões em 2020.

SXC
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