Cristiane Amaral, sócia de Consultoria da empresa EY, concedeu entrevista à rádio CBN e falou sobre os resultados presentes no estudo “Agilidade na Inovação”, referente às perspectivas dos empreendedores brasileiros sobre inovação.
Segundo Amaral, a pesquisa mostra que no Brasil se destaca a real necessidade de inovar constantemente de forma ágil em um ambiente altamente competitivo e com grandes mudanças no cenário econômico, a fim de buscar a efetividade na obtenção de receita, captação de clientes e aumento de participação no mercado.
Em relação às estratégias apresentadas pelos empreendedores que participaram do estudo, a consultoria afirma que as empresas tradicionalmente buscavam diferenciação em inovação em Marketing, no departamento de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e em áreas isoladas da companhia. Atualmente, a grande diferença está em trazer a inovação para o centro do negócio, fazendo com que ela seja um desafio de todos.
A pesquisa também mostra que, hoje, há uma grande tendência em buscar parcerias, especialmente com empreendedores e instituições externas, com o objetivo de dar a agilidade necessária ao processo de criar, incubar e ativar novas ideias que possam mobilizar a empresa e seus resultados. Entretanto, segundo Amaral, as colaborações ainda são menos exploradas no Brasil que em outros países emergentes.
“A inovação pode ser benéfica tanto para as grandes companhias como para as empresas menores, justamente porque torna-se difícil para as primeiras obter todas as competências internamente e, por isso, a entrada dos empreendedores menores é facilitada, porque eles podem dar mais agilidade ao processo”, conclui a sócia.
Quando perguntada sobre o aumento da preocupação com o aumento do grau de dificuldade em ser inovador no País, Amaral disse que a questão está diretamente associada com quais as inovações buscadas e o principal ponto em conseguir torna-las efetivas está em determinar o foco, o objetivo desejado e, principalmente, fazer isso por meio do trabalho colaborativo.
Por fim, a pesquisa revelou que 45% dos empresários brasileiros afirmam que irão investir mais em propostas de inovação com colaborações externar ao longo dos próximos três anos. Além disso, oito em cada dez executivos concordam que não é possível depender do modelo tradicional de pesquisa e desenvolvimento interno como única fonte de inovação, e 70% acreditam que a colaboração com empreendedores tem uma relevância crescente para o alcance das metas estratégicas.
