O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de representatividade feminina em posições de liderança em cargos públicos, de acordo com o Worldwide Women Public Sector Leaders Index, elaborado anualmente pela Ernst & Young (EY). Segundo o levantamento, mulheres representam 48% da força de trabalho global do setor público, mas ocupam menos de 20% de cargos de liderança no setor em países do G20.
O índice chama a atenção para o fato de que as mulheres continuam sub-representadas entre os cargos públicos. O Canadá lidera a lista, seguido por Austrália, África do Sul e Reino Unido. A Arábia Saudita aparece em última colocação.
A pesquisa também considerou dados sobre a representatividade feminina nos conselhos do setor privado e no parlamento de cada país. O Brasil é o 5º colocado em número de mulheres em cargos de liderança no setor público, o 19º em mulheres no parlamento e o 15º em número de mulheres em conselhos do setor privado, ocupando cerca de 5% das cadeiras dos conselhos.
Para Liliana Junqueira, sócia líder para governo e setor público da Ernst & Young (EY), o processo de inclusão feminina em áreas importantes do governo ainda está em fase inicial. “Muitos setores permanecem com o pensamento ultrapassado de que a mulher pode ter imprevistos que a impeçam de participar assídua e ativamente das reuniões”, afirma a executiva da EY.
Outro destaque no estudo foi a África do Sul, que mantém posições altas nos três quesitos pesquisados. Tudo indica que o país africano deva continuar subindo nos próximos levantamentos, especialmente se uma medida em discussão no parlamento – que prevê a obrigatoriedade de 50% de representação feminina em cargos com poder de decisão em todas as áreas do setor público e privado – for aprovada.
No Brasil, a presidente Dilma Rousseff, é uma defensora da necessidade de mais mulheres em posições de chefia em todos os setores. Ela nomeou mulheres para dez dos 39 postos ministeriais de seu governo.