O aumento do fluxo de capital privado para os Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – deve durar mais cinco anos, aponta um relatório divulgado nesse mês pelo Deutsche Bank. O ciclo de “bonança” desses países está apenas no começo e estaria sendo beneficiado pela mudança do risco financeiro a favor dos emergentes, avalia o banco.
O levantamento afirma que “o nível dos fluxos de capital entre os Bric difere acentuadamente, assim como as respectivas respostas políticas em termos de apreciação da moeda, acúmulo de reservas e controles de capital”.
O Brasil é visto como o país que mais tem recebido capital externo em 2009-2010, mas enfrenta uma crescente tentação para endurecer o controle de capital e evitar mais valorização da moeda. Ao mesmo tempo, acumulou menos reservas internacionais (em percentagem do PIB) do que a China e a Rússia.
O estudo do Deutsche Bank compara o ciclo de crescimento dos Bric a outros “superciclos” anteriores de fluxo de capital privado a emergentes. Ambos duraram exatamente sete anos. Um terminou com a crise asiática (1990-1997) e o segundo com a quebra do banco Lehman (2002-2008).