O governo alemão desenvolveu uma proposta com seis pontos de ação, com o objetivo de aliar estímulos ao crescimento econômico da União Europeia (UE) às medidas de austeridade para conter os efeitos da crise.
De acordo com o documento, o país pretende lançar programas de incentivo a start-ups e pequenas e médias empresas.
Ainda, os conselheiros do governo Merkel acreditam que benefícios fiscais e regulamentos mais flexíveis em regiões mais afetadas pela crise podem atrair investidores estrangeiros. Segundo informações da revista alemã Der Spiegel, a criação de zonas econômicas especiais em países do sul do continente também está entre as propostas de incentivo à recuperação econômica.
Outro ponto do relatório oficial aconselha que os países adotem um sistema de ensino Dual, comumente utilizado na Alemanha, que combina a educação teórica com um estágio prático no mesmo campo de atuação. Para o governo, essa medida pode ser eficiente no combate aos elevados níveis de desemprego entre os jovens na UE.
Além disso, é recomendável que as nações com altas taxas de desemprego adotem reformas já empreendidas pela Alemanha, como afrouxar as leis de proteção às demissões sem justa causa de funcionários permanentes, ou introduzir condições de emprego com baixos custos salariais e com menores encargos fiscais e previdenciários.
O investimento em energias renováveis, segmento crescente na Alemanha, a redução de barreiras ficais e a promoção da mobilidade de trabalhadores são considerados pontos importantes pelo país para aumentar a competitividade do bloco europeu.
Por fim, o governo alemão estima que a privatização de empresas públicas em alguns países-membros possa diminuir os impactos financeiros da crise.
O plano de ação ainda não foi apresentado aos outros líderes da União Europeia.
* Com informações de Der Spiegel