O governo brasileiro anunciou uma nova medida contra a valorização excessiva do real ante o dólar. Um decreto publicado hoje (12) no Diário Oficial da União eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no país (empréstimos externos). Na prática, isso significa que o dinheiro terá de ficar mais tempo no país para evitar a taxação.
No começo do mês, o prazo para a incidência do imposto nos empréstimos externos já havia sido elevado de dois para três anos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou que o governo iria adotar medidas para defender o real e que “a equipe econômica não ficará assistindo à guerra cambial de forma impassível”.
A cobrança de IOF nas operações de empréstimos de empresas e bancos no exterior foi anunciada no ano passado, com o objetivo de não somente conter a valorização da moeda, mas também a excessiva oferta de crédito na economia brasileira.
Inicialmente, ficou estabelecido que empréstimos com menos de 360 dias pagariam IOF. Depois, o prazo foi estendido para dois anos.
A valorização excessiva do real prejudica as exportações, já que os produtos brasileiros se tornam mais caros no exterior, e também afeta a indústria nacional, que encontra dificuldades de concorrer com produtos estrangeiros cada vez mais baratos diante da desvalorização do dólar.
*Com informações da Agência Brasil