A Grécia espera uma solução europeia para assegurar a sua estabilidade financeira e a da Zona do Euro ainda nesta semana, durante a Cúpula da União Europeia, a ser realizada nos dia 25 e 26 de março, em Bruxelas. É o que prega o seu Ministro das Finanças, George Papaconstantinou. “Não estamos indo à Cúpula da UE mendigar, ou seja, para pedir simplesmente dinheiro. Defendemos, porém, um mecanismo político de ajuda aos países endividados para assegurar a estabilidade da Zona do Euro”, disse.
Alemanha e UE
A Alemanha e seus parceiros da UE, no entanto, não chegam a um consenso sobre um eventual suporte monetário aos gregos. José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, sugeriu que os membros da UE deixem engatilhado um pacote de ajuda à Grécia para que o país não precise recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – conforme ameaçou na semana passada.
Barroso sugeriu elaborar um novo sistema que permita empréstimos bilaterais entre os países-membros da Zona do Euro, em caso de necessidade. A Espanha, Itália e França apoiam o plano de auxílio emergencial sugerido por ele, já a Alemanha não. A Chanceler Angela Merkel, acredita que a Grécia não deve ser foco da Cúpula da UE e mostrou-se contra um possível plano de ajuda.
“A Grécia não está diante de uma situação iminente de insolvência. Até o momento não pediu dinheiro”, lembrou Merkel, após um encontro com o Presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. “Não há solidariedade sem responsabilidade”, alertou Merkel, lembrando que a Alemanha deseja uma Europa forte. “Uma Europa forte, uma moeda estável e que continue a ser atrativa para que mais países queiram adotar a moeda comum”.