Na busca por conhecimento em áreas diferentes e que possam ampliar as oportunidades dentro da empresa, alguns profissionais viajam para outros países, atuam em outras funções dentro do próprio Grupo e retornam com experiências ricas para compartilhar. Outros nunca saíram do Brasil, estão na empresa há mais de décadas e souberam pavimentar uma história de sucesso com suas escolhas.
Na Hamburg Süd do Brasil são vários exemplos de profissionais que optaram por permanecer muitos anos na empresa e que ainda vislumbram uma trajetória longa pela corporação. Um dos principais exemplos é do diretor-superintendente, Julian Thomas, que veio para o País no início da década de 80 como estagiário, a bordo de um navio do Grupo, e desistiu de retornar à Inglaterra para fazer um MBA quando recebeu o convite para continuar como trainee nos escritórios de Santos e São Paulo.
De lá para cá, o executivo assumiu várias funções e desfrutou do conhecimento que cada uma delas lhe proporcionou. “A experiência em diferentes áreas e funções na mesma empresa foi o segredo para ser o líder de hoje”, afirma Thomas. Segundo ele, várias pessoas chegam às empresas com o objetivo de crescer rápido e isso nem sempre é bom. “As pessoas se especializam muito cedo e querem ser gerente em um ano. É preciso conhecer mais da empresa para crescer com uma base sólida”, destaca o executivo, ao comentar que a Hamburg Süd estimula que o funcionário conheça outros setores, inclusive em outros países onde a companhia atua.
Que o Brasil é um grande exportador de funcionários, isso não há dúvida. Há 10 anos na empresa, o atual coordenador de controladoria operacional em São Paulo, Alexandre Ávila, pode falar em causa própria. Com apenas 27 anos, o funcionário, que começou como estagiário rotativo promovido pelo Colégio Humboldt, já atuou em duas posições diferentes, por um período de quatro anos na matriz em Hamburgo, onde aprendeu muito sobre a estrutura do Grupo Hamburg Süd, do vocabulário técnico em alemão e da estratégia de negócios, pois acompanhava o fluxo global de contêineres.
“Tudo começa por você! A empresa é grande e a rotatividade também. A partir do momento que você desempenha um bom trabalho e comenta com o seu gerente sobre o interesse de ir para fora ou de assumir outra função, ele mesmo te indica quando surge a vaga. É um processo natural”, ressalta Ávila.
Para Fernando Melo, funcionário há 31 anos, há sempre oportunidade para quem se identifica com a empresa e deseja crescer. Ele começou como assistente administrativo e passou também pelas funções de assistente de tráfego, analista, coordenador e gerente de trade, gerente de produto até chegar ao posto de gerente de operações.
De acordo com o executivo, reter talentos é uma combinação de fatores da empresa e do funcionário. “Ambos precisam trabalhar para que esse casamento seja duradouro”.
A gerente de RH da Aliança/Hamburg Süd, Rosilene Senna, garante que a empresa vem buscando identificar colaboradores com perfis diferenciados para, juntamente com os gestores, criar planos de crescimento profissional. “Promovemos vários treinamentos internos e externos, job rotation e outras ações que possam trazer mais conhecimento e experiência para que os nossos profissionais se preparem para novos desafios dentro de casa”, enfatiza.
Foto: Divulgação Hamburg Süd