A demanda brasileira por alumínio tem crescido em média 8,6% ao ano, e o setor de transportes é o segundo principal mercado consumidor do metal no País. Para a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), 2014 deverá ser um bom ano para o consumo do alumínio nesse mercado, entre outras razões, devido ao novo regime automotivo – Inovar Auto. Quem afirma é o coordenador da Comissão Técnica e do Comitê de Mercado de Transportes da associação, Ayrton Filleti. Entre 2017 e 2020, as montadoras ganharão desconto no IPI caso os carros fabricados apresentem redução de 18,84% na emissão de CO2 / Km. Como o alumínio é mais leve do que o aço, os carros consomem menos combustível.
“Em média, em um veículo nacional, utiliza-se 50 kg de alumínio, e isso é muito pouco quando comparado com a média norte-americana (154 kg) ou europeia (140 kg)”, explica Filleti. O alumínio consumido na produção de carros brasileiros em 2013 foi basicamente aquele das peças fundidas, 95% desse material. Entretanto, para os próximos anos, o executivo é confiante. “A previsão é otimista. A FIAT, por exemplo, tem divulgado que uma nova geração de motores deverá utilizar blocos de motores de ligas de alumínio, no lugar do ferro fundido”, com uma redução substancial de peso, em torno de 50%. Estima-se que cerca de 70% do metal usado é oriundo da reciclagem.
De acordo com a ABAL, o ganho na exportação do material na indústria automotiva também pode gerar saldo positivo para balança comercial. “O Brasil vai produzir cinco milhões de carros em 2017. Esse número é grande demais para o mercado interno. Então um contingente será dirigido para exportação. Ou seja, esses carros precisam seguir padrões internacionais. E nesses padrões está o maior uso do alumínio”, analisa Filleti.