Inércia na indústria química alemã

Os resultados do primeiro semestre de 2013 revelam o confuso cenário no qual vive a  indústria química alemã. De um lado, o aumento nas exportações compensou a fraqueza do resultado doméstico; as exportações para outros países europeus foram positivas; mas, de outro, a sua produção e as vendas totais não se alteraram na comparação com os resultados do primeiro semestre de 2012.

Para  Karl-Ludwig Kley, presidente da Associação da Indústria Química da Alemanha (VCI –  na sigla em alemão), “os números podem ser explicados pela situação na zona do euro. Em comparação com os nossos concorrentes na Europa, até que estamos nos saindo relativamente bem”. Mesmo assim, o executivo enfatiza que a produção da indústria química alemã está atualmente 3%  abaixo dos níveis anteriores à crise de 2007. Excluindo o segmento farmacêutico do cômputo geral, essa queda é de 6%. “Assim sendo, não podemos de forma nenhuma, dizer que estamos plenamente satisfeitos”, enfatizou Kley.

O momento atual

Com os preços estáveis e o volume de produção inalterado, as vendas totais da indústria química alemã alcançaram € 90,8 bilhões no primeiro semestre deste ano. No mercado doméstico, as vendas caíram 1,0%, chegando a € 35 bilhões, enquanto as vendas para o exterior aumentaram 0,5%, alcançando € 55,8 bilhões.

As exportações, por sua vez, aumentaram 4,0%, somando € 82,2 bilhões. Apesar da queda de 2,0% nas vendas destinadas à América do Norte, um resultado encorajador foi o aumento de 6% nas exportações para outros países europeus. Para o presidente Kley  “ trata-se de um sinal positivo, mas não nos deixa relaxar no que se refere ao mercado doméstico da nossa indústria”.

Já as importações de produtos químicos alcançaram a soma de € 54,1 bilhões, resultando em um saldo positivo de € 28,1 bilhão. Dessa forma, a indústria química alemã contribuiu, mais uma vez, para os bons resultados da balança comercial da Alemanha.

Previsões

Em relação às perspectivas futuras, independentemente dos resultados obtidos no 1ª semestre deste ano, as empresas do setor revelam otimismo e pessimismo em igual medida. Não é o caso de pensar que a economia alemã esteja entrando em uma recessão. Contra tal pensamento, a VCI mantém a sua previsão inicial de crescimento de 1,5% no ano de 2013. Mas enfatiza que na situação atual, alguns fatores serão decisivos para atingir os resultados esperados. Entre eles estão: uma ligeira melhora dos negócios no mercado interno, aumento das exportações para os vizinhos europeus e aumento nas exportações internacionais.

 

 

Divulgação VDI
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