Os investimentos das empresas alemãs estão refletindo diretamente o ambiente econômico fraco, e devem terminar 2012 com uma queda de 3%. A afirmação é do relatório "Barômetro do Investimento", do banco de desenvolvimento alemão KfW. "Uma melhora não é esperada até a segunda metade do ano que vem, quando fatores econômicos externos se fortalecerem novamente e estimularem o crescimento econômico alemão. No entanto, esse estímulo não será suficiente para levar os investimentos corporativos ao campo positivo em 2013. O KfW espera que eles tenham um declínio de 2% no ano que vem", destaca o documento.
De acordo com os dados do banco, no terceiro trimestre deste ano, os investimentos das empresas alemãs caíram 1,4% em relação ao trimestre anterior, marcando a terceira queda consecutiva nessa base de comparação. O componente mais importante, os investimentos em maquinário e equipamentos, apresentou redução de 7,3% desde o início do ano. No mesmo período, as construções comerciais (prédios de escritórios e fábricas) encolheram 2%.
Segundo o KfW, indicadores preliminares para o próximo ano, como as novas encomendas para bens de capital – atualmente 3,2% acima da média do trimestre anterior – estão abrindo espaço para o otimismo, e a economia global, particularmente a China e os EUA, vai voltar a ganhar equilíbrio e levar a uma alta nas exportações alemãs. "Assim que a utilização da capacidade instalada das fábricas (atualmente em 81%) aproximar-se novamente de sua média histórica (de 84%), os investimentos também ganharão ritmo. Ao mesmo tempo, as taxas de juros estão baixas, o acesso geral ao crédito continua bom e a mudança da matriz energética alemã está criando incentivos para investimentos na melhora da eficiência energética", afirma o relatório da instituição.
"O motor do investimento alemão vai se reativar em 2013", afirma o economista-chefe do KfW, Jörg Zeuner. "Apesar de esperarmos um declínio de 2% nos investimentos corporativos para 2013 como um todo, eles irão se acelerar na segunda metade do ano, no curso da recuperação da economia global. Nossa previsão para o crescimento econômico como um todo no ano que vem é consideravelmente mais otimista. Esperamos um crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] de 0,9%, que será impulsionado principalmente pelo consumo privado e pela construção de moradias", completa o executivo.