A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o Primeiro Ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, presidiram ontem, em Hannover, a 22.ª Cimeira Germano-Espanhola, centrada no novo plano europeu de crescimento econômico e de fomento ao emprego, a Agenda 2020.
A Espanha, que detém a presidência rotativa da União Européia, trocou impressões com a Alemanha sobre a estratégia delineada para substituir a chamada Agenda de Lisboa – que se propunha a tornar a Zona do Euro mais competitiva até 2010. Zapatero atribui a ineficácia da Agenda de Lisboa à ausência de medidas corretivas e sanções a países que não cumprirem eventuais metas estabelecidas pelo bloco.
A Agenda 2020, que deve ser votada até junho, quando se encerra a presidência espanhola, ainda está sendo alvo de amplo debate, uma vez que a Zona do Euro está em meio a uma crise impulsionada pelo colapso financeiro na Grécia.
Combate a crise
Os dois chefes de Estado reafirmaram o compromisso com o Pacto de Estabilidade e Crescimento da Europa. Merkel declarou que “tendo em vista a crise que abala a economia grega, o euro está enfrentando um desafio sem precedentes”. Todos os Estados da Zona do Euro, incluindo a Alemanha, estão revendo suas políticas orçamentárias.
Para Merkel, o mercado deve recuperar a confiança no euro. Mas para isso, os Estados-Membros devem estar conscientes do fato de que eles são uma comunidade e que cada país deve cumprir os critérios gerais de estabilidade. “Se o euro for vítima de especulações no mercado financeiro, isso pode prejudicar todos os países da Zona do Euro”, destacou.
A Chanceler declarou que a UE pretende apoiar a Grécia, mas evitou qualquer discussão a respeito de quem foi mais ou menos beneficiado até a presente data com a moeda européia. “O euro é a nossa moeda comum e temos todos nos beneficiado com isso”.