Nesta semana, notícias vindas do Centro de Controle da NASA – Agência Espacial Norte-Americana – agitaram o mundo científico e também a Alemanha. Após percorrer 566 milhões de quilômetros em mais de oito meses, o jipe-robô Curiosity aterrissou em Marte e cumpriu a etapa mais delicada de sua missão de dois anos no planeta vermelho. Agora, com a ajuda da tecnologia alemã – grande parte das peças do aparato são “Made in Germany” – buscará sinais de vida em nosso vizinho espacial.
Poucos minutos depois de o sinal de pouso alcançar a Terra, o robô enviou as primeiras fotos em preto e branco do nosso vizinho. Nas imagens, é possível ver o horizonte do planeta, as rodas e a sombra do veículo. O jipe está equipado com vários instrumentos de investigação e é a peça central da missão de U$ 2,5 bilhões da agência espacial norte-americana. Durante dois anos, ele tentará detectar provas de vida em Marte, buscando, entre outros, sinais de água e carbono, requisitos básicos para o surgimento da vida.
Entre as principais contribuições da Alemanha na missão estão uma estéreo câmera, responsável por identificar solo e rochas do local de pouso do Curiosity, e um radiômetro desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão e pela Universidade Christian-Albrecht, da cidade de Kiel, para medir os raios galácticos.
Philipp Rösler, ministro alemão da Economia e Tecnologia, parabenizou o sucesso inicial da missão, destacando a participação do país na iniciativa. “Isso demonstra a alta qualidade e competitividade internacional de muitos produtos alemães”, disse. “Sabemos que o futuro da política espacial está na robótica e é por isso que desde os últimos anos concentramos nossa estratégia espacial no desenvolvimento desse tipo de tecnologia”, completou.
Segundo o astronauta alemão Thomas Reiter, que também é diretor da Agência Espacial Europeia ESA, a Alemanha investiu € 1,3 milhão no projeto. O país também é um dos líderes da indústria aeroespacial internacional. Com um orçamento anual de € 1,2 bilhão, a Alemanha possui o sexto maior programa espacial do mundo. Além disso, cientistas e engenheiros alemães estiveram envolvidos em mais de 200 missões espaciais, que visaram tanto as áreas de comunicações e satélites meteorológicos até telescópios e sondas espaciais.