A MPX, braço de energia do Grupo EBX, controlado pelo empresário Eike Batista, e o player global E.ON AG, sediado na Alemanha, anunciaram, nesta quarta-feira (11), a criação de uma joint venture para geração e comercialização de energia. O objetivo é desenvolver uma capacidade total de 20.000 MW, número que representa cerca de 20% da atual capacidade total do Brasil, consolidando, assim, a maior empresa privada de energia do País.
Segundo o termo de compromisso firmado entre as empresas, a participação de cada uma no negócio será de 50%. A MPX informou que irá levantar R$ 1 bilhão através de um aumento de capital no qual a E.ON deverá investir, em última instância, aproximadamente R$ 850 milhões para alcançar uma participação de 10% na companhia do grupo de Eike Batista. A E.ON terá direito a indicar um representante para integrar o Conselho de Administração da MPX.
A joint venture será responsável por projetos de energia térmica e renovável no Brasil e no Chile, além de todas as atividades de suprimento e comercialização.
“Através dessa joint venture a MPX poderá alavancar a plataforma global, expertise em desenvolvimento de projetos de cross-technology, experiência em gestão e extensa capacidade de geração da E.ON. Essa é uma parceria altamente estratégica e agregadora de valor para ambas as companhias. Juntos, podemos criar um negócio que vai muito além da soma de suas partes, gerando grandes oportunidades de crescimento nos próximos anos para todos os envolvidos”, disse Eike Batista, presidente do Conselho de Administração da MPX.
O anúncio marcou o primeiro investimento da E.ON no Brasil, considerado um mercado alvo para a companhia fora da Europa. Líder global no setor de energia, a E.ON conta com um portfólio de 69.000 MW composto por energia renovável, a gás, a carvão e nuclear e quase 4.000 MW em capacidade eólica, de biomassa e solar.
Em comunicado, o CEO da E.ON AG, Johannes Teyssen, afirmou que “a parceria estratégica, que combina a experiência local e acesso a recursos naturais da MPX com a escala e capacidades globais da E.ON, possibilitará uma grande criação de valor em energia térmica e renovável no Brasil”. “A carteira de projetos de desenvolvimento de 11.000 MW já existente formará uma plataforma para alcançarmos rapidamente uma posição de mercado significativa em um dos mercados de energia de maior crescimento no mundo”, completou.
A E.ON e a MPX esperam que a assinatura da joint venture ocorra no segundo trimestre de 2012, após realização de auditoria legal e conclusão das negociações finais.