Fatores como o crescimento econômico do País, a expansão da indústria de base renovável e as novas oportunidades criadas pelo pré-sal poderão elevar os investimentos na indústria química brasileira para US$ 167 bilhões na próxima década.
Com esse investimento maciço, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), dois milhões de empregos poderão ser criados e o Brasil poderá ser inserido na liderança mundial em química verde.
Essas projeções, presentes no estudo “Pacto Nacional da Indústria Química”, realizado pela Abiquim, foram entregues na sexta-feira passada (18) a Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em janeiro deste ano, quando foi anunciado, o Pacto conjecturava um investimento de US$ 132 bilhões, valor que foi elevado na finalização do documento.
As estimativas foram feitas tendo como base o crescimento médio do PIB brasileiro, que variou entre 4% e 5% ao ano nesta década. Assim, apenas para acompanhar a demanda interna por produtos químicos, seriam necessários US$ 87 bilhões. Para eliminação do déficit comercial, que em 2009 foi superior a US$ 15,7 bilhões, a entidade estima que sejam necessários mais US$ 45 bilhões em investimentos.
Outros US$ 32 bilhões seriam destinados à pesquisa e inovação e US$ 20 bilhões seriam aplicados no desenvolvimento de uma indústria de base renovável, o que poderia fazer do Brasil um líder em química verde.
Benefícios
Para a concretização desses objetivos, a indústria química solicita, entre outras coisas, a garantia de disponibilidade de matérias-primas competitivas e o apoio do Estado ao desenvolvimento tecnológico e à inovação.
Dessa forma, de acordo com a Abiquim, o Brasil se tornaria um país mais atrativo aos investimentos externos, com maior relevância no comércio internacional, cujo setor poderia figurar entre as cinco maiores do mundo.