Países emergentes melhoraram regulamentação de negócios


Empreendedores nos países em desenvolvimento estão lidando com um processo de fazer negócios mais fácil hoje do que nos últimos dez anos, o que demonstra o progresso que tem sido feito na melhoria das práticas regulatórias de negócios em todo o mundo. A afirmação é do relatório Doing Business 2013: regulamentos mais inteligentes para pequenas e médias empresas, divulgado nesta terça-feira (23) pelo Banco Mundial.



"Ao longo dos anos, os governos têm dado passos importantes para melhorar o ambiente regulatório de negócios e para diminuir a diferença entre as melhores práticas globais", afirma Augusto Lopez-Claros, diretor de Indicadores Globais e Análise do Banco Mundial. "As reformas medidas são cruciais para os resultados econômicos, tais como o crescimento do emprego mais rápido e a criação de novas empresas", completa.



No ano passado, de acordo com o relatório, 108 economias implementaram 201 reformas regulatórias que aumentaram a facilidade para fazer negócios para os empresários. A maioria das reformas ocorreu na Europa do Leste e na Ásia Central – 88% das economias nesta região tiveram reformas em pelo menos uma das áreas medidas pelo Doing Business. As economias europeias passando por dificuldades econômicas estão buscando melhorar a regulamentação de negócios como parte de um esforço para estabelecer uma base mais sólida para crescimento de longo prazo, segundo o estudo.



Cingapura liderou a classificação global sobre a facilidade para fazer negócios pelo sétimo ano consecutivo, seguida por Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos, Dinamarca, Noruega, Reino Unido, Coreia do Sul, Geórgia e Austrália.

Entre as economias que registraram as maiores melhorias na facilidade para fazer negócios ao longo do ano passado estão Polônia, Sri Lanka, Ucrânia, Uzbequistão, Burundi, Costa Rica, Mongólia, Grécia, Sérvia e Cazaquistão.

Brasil e Alemanha

O Brasil ficou na 130ª posição entre as 185 nações pesquisadas, caindo duas posições em relação ao ano passado. O País piorou nos quesitos autorizações para construção, registro de propriedade, obtenção de crédito, proteção ao investidor, impostos e resolução de situações de insolvência, e melhorou em tempo para se abrir um negócio (de 122 para 121 dias), obtenção de eletricidade e execução de contratos. No item exportações não houve alteração do ano passado para este ano.

A Alemanha também caiu duas posições na comparação com a última edição do estudo, ficando em 20º lugar no relatório 2013. Ela apresentou piora nos tópicos tempo para se abrir um negócio (de 100 para 106 dias), autorizações para construção, registro de propriedade, proteção ao investidor, exportações e resolução de situações de insolvência, e teve melhora em impostos e execução de contratos. Em obtenção de eletricidade e obtenção de crédito não houve mudanças em relação ao ano passado.