A Secretaria Especial de Portos (SEP) do Brasil e o Duisburger Hafen AG, empresa que administra o maior porto fluvial do mundo, Duisport, fecharam uma parceria para solucionar os problemas de acessibilidade do Porto de Santos. O grupo alemão vai desenvolver e coordenar um programa de logística para otimizar o transporte no corredor São Paulo-Santos.
“A responsabilidade de coordenar a elaboração de um conceito logístico no Brasil por meio do grupo Duisport abre múltiplas possibilidades para que a indústria alemã participe da implantação de projetos relacionados à infraestrutura”, destaca o CEO do Duisburger Hafen, Erich Staake, que selou o acordo com o Ministro da SEP, Leônidas Cristino, em um encontro em Berlim, na última semana.
As diretrizes do trabalho conjunto foram definidas durante a última visita de Staake ao Brasil, em janeiro desse ano. A parceria já vinha sendo discutida desde julho do ano passado, quando o executivo se reuniu com os diretores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e representantes da SEP para avaliar melhorias no terminal brasileiro. Na ocasião, as autoridades discutiram a formação de um grupo de trabalho para estudar soluções logísticas de acesso e movimentação de carga no Porto de Santos.
O porto de Duisburg, localizado na região da Renânia do Norte-Westefália, é conhecido mundialmente por seus terminais multimodais, que interligam os meios de transporte fluviais (rios e oceanos) e terrestres (ferrovias e rodovias) para otimizar o deslocamento de mercadorias. O principal executivo do Duisport acredita que a implementação de um sistema semelhante no Brasil poderá solucionar os gargalos na logística do País.
Oportunidades
A Alemanha é referência no setor de logística, destacando-se tanto na tecnologia empregada na movimentação de cargas quanto na qualidade e agilidade dos serviços, como os processos aduaneiros, rastreamento de mercadorias e prazos de entrega.
Como o novo acordo entre o Duisburger Hafen e o Porto de Santos, inúmeras oportunidades se abrem para as empresas alemãs do setor, inclusive para as de pequeno e médio portes.
“Nós queremos preparar o caminho para que, na próxima etapa, quando forem publicados os editais das obras, as empresas alemãs estejam em condições de concorrer”, pontua Staake.