Em análise realizada por economistas da PwC, como a Alemanha, França e Itália não atingiram as expectativas de crescimento para o segundo trimestre de 2014, foi a vez de países economicamente periféricos da Zona do Euro (“soft core”) de saírem das sombras.
O relatório aponta que economias como Espanha e Portugal se recuperaram, sendo que a primeira obteve um rendimento de 0,6% de trimestre a trimestre – o maior índice em mais de cinco anos. Enquanto isso, a Alemanha diminuiu com um rendimento de 0,2% de trimestre a trimestre, a Itália entrou em recessão pela terceira vez desde 2008; e a França encarou um segundo trimestre consecutivo de crescimento nulo.
“Acreditamos que a Alemanha recuperará sua forma no terceiro trimestre, visto que a última contração foi parcialmente motivada por fatores temporários – um primeiro trimestre forte e o agravamento da situação Ucrânia/Rússia. Estamos menos otimistas em relação aos outros países principais da Zona do Euro”, afirma Richard Boxshall, economista sênior da PwC.
De acordo com os economistas, os efeitos do forte crescimento já são notados na taxa de desemprego da Espanha, que descende desde o final de 2013. Um desempenho igualmente forte deve continuar no terceiro trimestre para a maioria das economias periféricas, decorrente de uma intensa temporada de turismo.
Com base nos dados feitos, os economistas da PwC reviram suas projeções em relação ao cenário da Zona do Euro de 1,1% para 0,8% em 2014, refletindo o enfraquecimento dos três países nucleares.
A análise também mostra que nos Estados Unidos as perspectivas são relativamente estáveis, com um crescimento das taxas de juros esperado para o próximo ano. Algumas preocupações foram levantadas em relação a maior economia do mundo após um decepcionante desempenho no primeiro trimestre do ano, no qual o PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 0,5% durante o trimestre (ou 2,1% em uma base anual). Entretanto, essa diminuição foi em grande parte resultante de fatores temporários, incluindo condições climáticas adversas e a correção de estoques.
Segundo a PwC, a estimativa revisada para o segundo trimestre mostrou um desempenho muito melhor com um crescimento de trimestre a trimestre de 1,0% (ou seja, um índice de crescimento anual de 4,2%), dirigida principalmente pelos gastos com o consumo pessoal e um aumento dos estoques.
“Essa recuperação estava amplamente de acordo com nossas expectativas anteriores, dessa forma ainda esperamos uma média de crescimento de 2,1% dos Estados Unidos ainda este ano, atingindo uma melhora de cerca de 3% em 2015”, completa Boxshall.