Redução da tarifa de energia alavancará indústria


A queda de 28% na tarifa de energia diminuirá em até 4% o custo fixo de produção da indústria brasileira e dará um impulso para que as empresas voltem a investir. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a partir do anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (11), de redução no preço da energia de até 16,2% para os consumidores residenciais e 28% para a indústria.

De acordo com o anúncio, a queda vai se dar pela combinação do cálculo de preços na renovação de concessões do setor elétrico, redução de encargos federais que incidem sobre as contas de luz e aporte da União de R$ 3,3 bilhões. As mudanças estão em medida provisória assinada pela presidente e passam a valer em 2013.



“Essa medida aumenta a competitividade da indústria e estimula o investimento porque reduz preços e faz com que o empresário tenha mais confiança em produzir e gerar emprego no Brasil. Teremos um produto mais competitivo no mercado nacional e internacional”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota divulgada à imprensa.



Segundo o texto, a redução da energia é decisiva para ajudar a aumentar a competitividade da economia brasileira e terá maior impacto nos setores eletrointensivos. Com base nos dados da Pesquisa Industrial Anual 2010 (PIA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a CNI estima que as despesas de energia correspondam a 3,9% do custo direto de produção industrial.



Ainda de acordo com a entidade, cerca de 45% do custo médio total da tarifa de energia elétrica é referente a encargos, taxas e tributos, e o Brasil paga 143% a mais pela energia do que os outros países que compõem o BRIC (Rússia, Índia e China). “Estamos iniciando no Brasil um processo de desonerações, mostrando que é possível desonerar em todos os setores, em todas as áreas”, finalizou Andrade.



Com informações da Agência Brasil

Wilson Dias/Abr
Wilson Dias/Abr