As discussões a respeito de uma possível redução dos impostos sobre o rendimento na Alemanha se intensificaram nesta segunda-feira (04). O atual governo, formado pelos partidos CDU e FDP, afirmou que o reajuste deve entrar em vigor no próximo ano, conforme programação política anunciada no período das eleições.
“Nós acreditamos que o satisfatório desenvolvimento econômico (do país) nos possibilitará margem para ação”, ressaltou o secretário geral do CDU, Hermann Gröhe, durante uma conferência de imprensa. Além dele, Christian Lindner, secretário geral do FDP, também anunciou a redução de impostos prevista para 1 de janeiro de 2013 em entrevista com o canal alemão ARD.
No entanto, os planos do governo já enfrentam grande resistência da oposição e também perante os próprios colegas. Vários governadores se opuseram ao plano e afirmaram que seus estados não têm condições de cobrir tal reajuste. “Não há margem de ação previsível para a redução de impostos”, afirmou o governador da Saxônia-Anhalt, Reiner Haseloff (CDU), enquanto a governadora da Turíngia, Christine Lieberknecht (CDU), criticou a atitude do governo.
Apesar da resistência, o Ministro da Economia e Chefe do Partido FDP, Phillip Rösler, se mostrou confiante da realização dos planos da coalizão. “Eu acredito que, no final das contas, os estados não se oporão quando se trata de aliviar os contribuintes”, disse ele nesta segunda-feira (04), durante uma reunião de seu partido em Berlim. O Ministro informou que a proposta concreta, assim como o valor do reajuste, deverão ser apresentados dentro dos próximos meses.