A economia brasileira se recuperou bem após a crise econômica global, mas conforme a conclusão da Pesquisa Econômica do Brasil, realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o País precisa dar continuidade às reformas para manter o crescimento econômico ao longo prazo.
O estudo prevê um aumento menor de 4% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos dois anos. Mesmo com crescimento menor do que no último ano e abaixo das projeções anteriores (4,5%), o desenvolvimento é acima da média se comparado com outros países membros da OECD.
"Políticas econômicas saudáveis ajudaram o Brasil a superar a crise econômica global, mas o mais notável é o progresso sem precedentes que tem sido feito nas áreas sociais que incluem a redução da pobreza e da desigualdade social", declarou a Secretário-Geral da OECD, Angel Gurría.
Para a instituição, políticas como o corte de despesas e a definição de objetivos para orçamento excedente nos próximos três anos, anunciados no início deste ano, são bem vindas e devem continuar no programa do governo.
Além disso, a OECD aprova também as medidas para conter a inflação e a alta da moeda brasileira, mas ressalta a necessidade do governo focar em uma consolidação fiscal. Olhando para o futuro, a pesquisa aponta a importância de aumentar as taxas de investimento, que são baixas em comparação internacional, e de priorizar os gastos em infraestrutura, fator crucial para o crescimento a longo prazo.
"Acreditamos que o Brasil ainda pode alcançar um crescimento ainda mais alto e mais equitativo a médio prazo, desde que os políticos responsáveis façam face perante os principais desafios que confrontam a economia, através da criação de dinâmica para mais reformas", completou o secretário.